Hamas vai ao Cairo mas não participará diretamente nas negociações

Um quadro do Hamas declarou hoje que uma delegação do grupo islamista palestiniano estava a caminho do Cairo, onde acontecem as negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas não irá participar diretamente nas reuniões.

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© MAHMUD HAMS/AFP via Getty Images

Lusa
24/08/2024 09:17 ‧ 24/08/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"A delegação vai reunir-se com altos funcionários dos serviços de informação egípcios para ser notificada sobre os últimos desenvolvimentos nas negociações em curso (...). Isto não significa que o Hamas esteja a participar nessas negociações", disse a fonte à agência de notícia AFP, sob condição de anonimato.

 

Há uma semana, mediadores norte-americanos, cataris e egípcios discutiram com os responsáveis dos serviços de informação israelitas, em Doha, um plano para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza com a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

Essa nova ronda de negociações prossegue desde sexta-feira no Cairo, na presença do diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), William Burns, do coordenador da Casa Branca para o Médio Oriente, Brett McGurk, do responsável da Mossad (serviços de informação israelita), David Barnea, e do Shin Bet (segurança interna israelita), Ronen Bar.

Mesmo que não participe nas discussões, o Hamas é regularmente informado sobre os progressos pelos mediadores egípcios e cataris.

O principal ponto de discórdia entre as partes é a insistência do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em manter tropas no "corredor Philadelphia", na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza.

O quadro do Hamas reiterou hoje à AFP que "a retirada completa das tropas de ocupação (israelitas) de toda a Faixa de Gaza, incluindo o corredor de Philadelphia", era uma condição primordial para a assinatura de um acordo.

O Egito, os Estados Unidos e o Qatar têm mediado durante meses um acordo de cessar-fogo na guerra em Gaza, desencadeada em 07 de outubro por um ataque do Hamas em Israel que levou à morte de cerca de 1.200 israelitas, maioritariamente civis.

Das 251 pessoas raptadas nesse dia, 105 ainda estão detidas em Gaza, incluindo 34 declaradas mortas pelo exército israelita.

Desde então, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, onde o Hamas assumiu o poder em 2007. Essas operações já causaram mais de 40.000 mortos e mais de 93.000 feridos, na maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.

Leia Também: Síria acusa Israel de ferir sete civis em novo ataque aéreo

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