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Naufrágio da Sicília investigado como possível homicídio involuntário

Os investigadores planeiam trazer os destroços do navio do fundo do mar como parte da investigação.

Naufrágio da Sicília investigado como possível homicídio involuntário
Notícias ao Minuto

10:06 - 24/08/24 por Daniela Carrilho

Mundo Itália

Os investigadores estão a considerar a hipótese de homicídio involuntário enquanto tentam descobrir o que causou o naufrágio do iate de luxo Bayesian, que provocou a morte de sete pessoas, na Sicília.

 

"O Ministério Público de Termini Imerese entregou ao Estado um dossier contra X, alegando os delitos de naufrágio por negligência e de homicídios por negligências múltiplas", declarou o procurador do Ministério Público italiano, Ambrogio Cartosio, numa conferência de imprensa, afirmando que "comportamentos que não estavam perfeitamente em ordem" podem ter estado na origem do número de mortes no naufrágio.

A investigação está "numa fase inicial" e vai centrar-se "na medida em que todas as pessoas [a bordo] foram avisadas" dos procedimentos de segurança.

No entanto, todas as linhas de investigação "estão a ser consideradas" neste momento.

"Neste ponto, precisamente porque o inquérito pode evoluir de uma maneira ou de outra, não excluímos absolutamente nada", acrescentou.

Outro dos procedimentos em curso é trazer o navio naufragado do fundo do mar como parte elementar da investigação.

As autoridades revelaram ainda à imprensa que as autópsias das vítimas ainda não foram realizadas.

Recorde-se que o iate 'Bayesian', com bandeira britânica, afundou na segunda-feira na costa da cidade de Porticello, na Sicília, durante uma forte tempestade, quando estavam a bordo 22 pessoas, 12 passageiros e 10 tripulantes. Quinze foram resgatadas com vida pela guarda costeira,  entre as quais uma criança de apenas um ano de idade.

O primeiro dos corpos resgatados, horas após a tragédia, foi o do cozinheiro do navio, Recaldo Thomas, um canadiano nascido na ilha de Antígua.

Na quarta-feira haviam sido encontrados os corpos de Jonathan Bloomer, presidente do banco Morgan Stanley International, da sua mulher, Anne Elizabeth, do advogado Chris Morvillo e da mulher deste, Neda.

O último corpo a ser detetado foi o de Hannah Lynch, de 18 anos, um dia após o corpo do pai, conhecido como o ‘Bill Gates’ britânico, ter sido localizado dentro de uma das cabines do iate ‘Bayesian’

A Procuradoria de Termini-Imerese abriu uma investigação para esclarecer o que se passou na noite de segunda-feira e interrogou o capitão do iate, James Catfield, um neozelandês de 51 anos e um dos sobreviventes, durante mais de duas horas, num hotel.

O veleiro de luxo encontra-se a uma profundidade de 50 metros ao largo de Porticiello, perto de Palermo, na ilha da Sicília.

Segundo a imprensa britânica, Lynch, conhecido como "Bill Gates britânico", tinha organizado o cruzeiro para festejar com a família, amigos e advogados a sua absolvição, em junho, num processo de fraude nos Estados Unidos.

O processo estava relacionado com a venda da empresa de 'software' do magnata britânico à Hewlett-Packard em 2011.

O superiate de luxo de 56 metros, construído em 2008 pelo estaleiro italiano Perini Navi, afundou-se em poucos minutos ao amanhecer de segunda-feira, após a passagem de um tornado.

[Notícia atualizada às 11h15]

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