Ataques "maciços" de mísseis e 'drones' (aparelhos não tripulados) russos visaram hoje infraestruturas energéticas da Ucrânia, provocando pelo menos quatro mortos e obrigando as autoridades ucranianas a impor novos cortes de energia.
"Estamos provavelmente perante a entrada de um aparelho voador em território polaco. [A sua presença] foi confirmada por pelo menos três estações de radiolocalização", disse o general Maciej Klisz, líder das forças operacionais polacas, acrescentando que o objeto em questão ainda está a ser procurado.
"As suas características mostram que não se trata de um míssil hipersónico, balístico ou guiado", disse o representante, em declarações aos 'media' polacos, admitindo tratar-se "provavelmente de um objeto voador não tripulado".
"As condições meteorológicas não nos permitiram visualizar a situação", embora "tudo estivesse pronto para neutralizar o objeto", acrescentou, por sua vez, o coronel Jacek Goryszewski, porta-voz do comando das forças operacionais.
As buscas pelo aparelho estão concentradas nas imediações da pequena cidade de Tyszowce, no sudeste da Polónia, a cerca de 30 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
Este é um novo caso de violação do espaço aéreo polaco desde a invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. A situação mais recente tinha ocorrido em dezembro passado.
Em novembro de 2022, um míssil ucraniano caiu sobre a aldeia polaca de Przewodow, perto da fronteira com a Ucrânia, matando dois civis, enquanto a Rússia levava a cabo ataques maciços contra infraestruturas civis ucranianas em todo o país.
Antes da origem do míssil ter sido identificada, a queda do projétil na aldeia polaca suscitou, na altura, o receio de que a NATO fosse arrastada para o conflito, naquilo que seria uma importante escalada da guerra na Ucrânia, uma vez que a Polónia está protegida por um compromisso de defesa coletiva da Aliança Atlântica.
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