Japão deslocou caças depois de violação de espaço aéreo por avião chinês

O Japão deslocou caças após um avião militar chinês "violar" o seu espaço aéreo, próximo das ilhas Danjo, na província de Nagasaki, anunciou hoje o ministério da Defesa japonês, divulgando também uma fotografia do aparelho.

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Lusa
26/08/2024 15:52 ‧ 26/08/2024 por Lusa

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Japão

Em comunicado, o ministério indicou que, face à violação do seu espaço aéreo durante cerca de dois minutos por um "avião de reconhecimento do tipo Y-9", "caças foram imediatamente lançados" e emitidos avisos.

 

A imprensa local, incluindo a emissora pública NHK, esta é a primeira incursão confirmada de um avião militar chinês no espaço aéreo japonês.

A NHK relatou ainda que não foi disparada qualquer arma, como foguetes sinalizadores.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Masataka Okano, convocou hoje o embaixador interino da China no país, a quem apresentou um "forte protesto", além de solicitar medidas para evitar a repetição de tais incidentes, segundo um comunicado da tutela da diplomacia de Tóquio.

O diplomata chinês respondeu que o assunto seria comunicado a Pequim, segundo o ministério. As autoridades chinesas não comentaram a situação.

A crescente influência económica e militar da China na região Ásia-Pacífico e as suas reivindicações, designadamente em relação a Taiwan, que considera como parte do seu território, têm sido motivo de preocupação para os Estados Unidos e os seus aliados.

Pequim reivindica a quase a totalidade do Mar do Sul da China, apesar de uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça que considerou esta solicitação sem fundamento legal.

O Japão aumentou as despesas com Defesa, adquirindo capacidades de "contra-ataque" e flexibilizando as regras sobre exportação de armas, além de fornecer financiamento e equipamentos, como navios de patrulha, a países da região e, em julho, concluiu um acordo com as Filipinas.

Com os Estados Unidos, Austrália e Índia, Tóquio integra a aliança Quad, considerada um contrapeso a Pequim.

Leia Também: Fukushima. Hong Kong rejeita fim de restrições a importações do Japão

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