Violência entre Israel e Hezbollah com pouca intensidade após ataques

A fronteira entre o Líbano e Israel viveu hoje um dia de violência de intensidade mais baixa, após o ataque com mais de 300 projéteis e 'drones' lançado na véspera pelo grupo xiita libanês Hezbollah.

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© Getty Images

Lusa
26/08/2024 21:49 ‧ 26/08/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A formação libanesa assumiu hoje a responsabilidade por apenas três ações contra Israel, uma de rotina e duas de maior dimensão com "esquadrões de 'drones' de ataque" que visaram dois quartéis militares em Ayalet Hashahar e a norte de Acre, ambos bastante distantes da fronteira.

 

Segundo um comunicado divulgado pelo Hezbollah, um dos bombardeamentos foi uma resposta aos "ataques e assassínios perpetrados pelo inimigo na resistente cidade de Sidon", no sul do Líbano.

Hoje à tarde, um alegado membro do grupo islamita palestiniano Hamas sobreviveu a um bombardeamento israelita ao seu veículo em Sidon, onde na passada quarta-feira morreu um membro das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, um grupo da Cisjordânia com ligações ao movimento nacionalista Fatah.

Por seu lado, o Exército israelita anunciou que ao longo do dia bombardeou uma série de edifícios e infraestruturas pertencentes ao Hezbollah em seis zonas do sul do Líbano, enquanto outras duas foram atacadas com artilharia.

A Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANN) confirmou vários ataques israelitas, incluindo um contra a cidade de Wazzani com fósforo branco, uma controversa arma incendiária, que obrigou uma pessoa a ser internada na Unidade de Cuidados Intensivos.

O fogo cruzado manteve-se porém num nível de intensidade inferior ao registado desde a semana passada.

O Hezbollah disparou 340 projéteis contra onze posições no norte de Israel no domingo para derrubar as defesas antiaéreas e facilitar o envio de 'drones' para uma importante base de informações militares perto de Telavive.

Tratou-se de uma resposta esperada à morte do principal comandante do movimento num bombardeamento israelita nos arredores de Beirute, em 30 de julho, um assassínio que desencadeou receios da eclosão de uma guerra aberta entre as partes.

Antes da operação do Hezbollah, Israel lançou por sua vez um "ataque preventivo", com recurso a mais de cem aviões de combate, no Líbano, com o objetivo de atingir posições de lança-foguetes do grupo libanês apoiado pelo Irão.

O chefe das Forças Armadas israelitas, Herzi Halevi, afirmou hoje, numa visita ao norte do país, que a missão contra as milícias libanesas do Hezbollah "ainda não foi concluída", após o ataque massivo no fim de semana no Líbano.

No domingo, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, avisou igualmente que Israel não tinha dito ainda "a sua última palavra".

A formação libanesa disse por seu lado que concluiu a operação no domingo, mas que se trata de uma "primeira fase" da resposta à morte do seu comandante, atingido por um bombardeamento israelita contra um edifício nos subúrbios a sul de Beirute.

A crise entre Israel e o grupo libanês encontra-se no seu pico mais elevado desde 2006, com trocas de tiros diárias nas regiões fronteiriças desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, deixando cerca de 1.200 mortos e levando mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Leia Também: EUA dizem que ameaça de ataque iraniano a Israel persiste

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