"A brincar com o fogo". Rússia deixa alerta aos EUA sobre III Guerra

As declarações de Lavrov surgem após as forças ucranianas terem dado início, a 6 de agosto, a uma ofensiva terrestre sem precedentes na região fronteiriça russa de Kursk.

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© MAXIM SHEMETOV/POOL/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
27/08/2024 20:11 ‧ 27/08/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, alertou, esta terça-feira, os Estados Unidos que uma possível Terceira Guerra Mundial não afetará apenas a Europa e acusou o Ocidente de estar a "brincar com o fogo".

 

As declarações de Lavrov surgem após as forças ucranianas terem dado início, a 6 de agosto, a uma ofensiva terrestre sem precedentes na região fronteiriça russa de Kursk, ao mesmo tempo que tentam conter os avanços das tropas de Moscovo na província de Donetsk.

Segundo o Exército ucraniano, alguns dos ataques levados a cabo contra a logística militar russa e a concentração de forças têm sido feitos com armas fornecidas pelos seus parceiros ocidentais. 

Para Lavrov, o fornecimento de armas mostra que o Ocidente está a "pedir problemas", além de estar a "brincar com o fogo" em relação às armas nucleares. 

"Estamos agora a confirmar, mais uma vez, que brincar com o fogo - e eles são como crianças pequenas a brincar com fósforos - é uma coisa muito perigosa para os tios e tias adultos a quem foram confiadas armas nucleares num ou noutro país ocidental", disse Lavrov aos jornalistas em Moscovo, citado pela agência de notícias Reuters.

"Os americanos associam inequivocamente as conversas sobre a Terceira Guerra Mundial a algo que, Deus nos livre, se acontecer, afetará exclusivamente a Europa", acrescentou.

Sublinhe-se que a indústria de defesa ucraniana, frequentemente apoiada por financiamentos ou parcerias ocidentais, expandiu-se significativamente desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.

Recentemente, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou ainda a utilização de caças F-16, fornecidos pelos parceiros ocidentais, para repelir os últimos ataques aéreos russos em grande escala, ressalvando que o número de aeronaves recebidas não é "suficiente".

Leia Também: Zelensky anuncia que primeiro teste do míssil balístico foi bem-sucedido

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