"Condenamos veementemente a operação que Israel iniciou na Cisjordânia e as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros israelita sobre a transferência das medidas utilizadas em Gaza para a Cisjordânia", declara um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros turco.
"É essencial tomar medidas punitivas e coercivas contra estas atividades israelitas, que ignoram completamente o direito internacional", prossegue.
O texto considera que "as políticas genocidas contra o povo palestiniano" do Governo israelita são "a principal ameaça à segurança internacional" e apela aos "poucos países que apoiam incondicionalmente Israel" para reverem a sua posição.
Katz abordou hoje a retirada da população palestiniana na Cisjordânia como uma medida para combater a presença de grupos armados no território ocupado.
"Devemos enfrentar a ameaça da mesma forma que abordamos a infraestrutura terrorista em Gaza, incluindo a retirada temporária dos residentes palestinianos e quaisquer medidas necessárias. Esta é uma guerra por tudo e devemos vencê-la", escreveu Katz na rede X.
Desde a meia-noite que Israel tem realizado incursões no norte da Cisjordânia, nas quais já morreram pelo menos dez palestinianos, segundo uma contagem feita pela agência EFE.
De acordo com as forças israelitas, nove dos mortos eram militantes de grupos palestinianos e transportavam armas no momento em que foram abatidos.
As operações militares na Cisjordânia ameaçam alastrar o atual conflito na Faixa de Gaza, onde Israel combate há mais de dez meses o grupo Hamas, provocando mais de 40 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais controladas pelos islamitas palestinianos, além de uma catástrofe humanitária.
A ofensiva israelita surgiu em retaliação a um ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro, deixando cerca de 1.200 mortos e levando mais de 200 reféns.
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