Japão emite alerta máximo para forte furacão no país

O Japão preparou-se na quarta-feira para o furacão mais forte do ano, com as autoridades a emitirem o nível de alerta mais elevado para ventos e tempestades na principal ilha do sul de Kyushu.

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© STR/JIJI Press/AFP via Getty Images

Lusa
28/08/2024 23:59 ‧ 28/08/2024 por Lusa

Mundo

Japão

"Prevê-se que o tufão Shanshan se aproxime do sul de Kyushu com uma força extremamente forte na quinta-feira e que possa atingir terra firme", disse o porta-voz do governo Yoshimasa Hayashi.

 

Segundo a mesma fonte, "são esperados ventos violentos, ondas altas e tempestades de uma magnitude nunca antes experimentada por muitas pessoas".

As autoridades acionaram o "alerta especial" máximo para ventos violentos, chuvas fortes e vagas submersas, aconselhando mais de 56 mil pessoas a deslocarem-se.

A aproximação do furacão com rajadas de vento que podem atingir 252 quilómetros por hora, e já acompanhado de chuvas fortes, levou o gigante automóvel Toyota a suspender a produção nas fábricas em todo o país.

As 28 linhas de produção das 14 fábricas japonesas da Toyota e das suas filiais estão encerradas até quinta-feira, disse à AFP um porta-voz da empresa.

No final da tarde de quarta-feira, a televisão NHK mostrou telhados arrancados, janelas partidas e árvores soltas pela raiz.

O responsável de previsão da Agência Meteorológica do Japão (JMA), Satoshi Sugimoto, avisou que "o risco de grandes catástrofes é extremamente elevado".

A Japan Airlines cancelou 172 voos domésticos e seis voos internacionais, enquanto a concorrente ANA anunciou o cancelamento de 219 voos no país e quatro voos internacionais entre quarta e sexta-feira.

As companhias ferroviárias que exploram as linhas de alta velocidade Shinkansen informaram que os comboios poderão também ser cancelados em função das condições meteorológicas desta semana.

Prevê-se que o tufão se desloque de oeste para leste através do Japão durante o resto da semana.

De acordo com um estudo publicado em julho, os furacões na região estão a formar-se mais perto da costa do que no passado, intensificando-se mais rapidamente e permanecendo mais tempo sobre terra, em consequência das alterações climáticas.

De 15 a 17 de agosto, outro tufão, o Ampil, obrigou ao cancelamento de muitos comboios e voos no Japão, mas causou apenas feridos e danos menores à medida que se deslocava pela costa do Pacífico ao largo da região de Tóquio.

Leia Também: Quatro desaparecidos após deslizamento de terras no centro do Japão

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