No sufrágio, a oposição, a Plataforma Democrática Unida (PUD), denunciou ter existido fraude e reivindicou a vitória.
"Com a moral que temos, exigimos que o mundo não meta o nariz nos assuntos internos da Venezuela e respeite a soberania e a vida interna da Venezuela", apelou o Presidente, à porta do palácio presidencial, perante dezenas de apoiantes que se reuniram para defender a sua vitória nas urnas.
Maduro insistiu que cabe às instituições venezuelanas resolver as discrepâncias políticas, aludindo à decisão do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) que validou o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ambos controlados por apoiantes chavistas.
"A direita fascista, golpista e violenta voltou a fracassar. Hoje é um dia de vitória, de paz, hoje temos de o repetir, um mês depois da vitória do povo venezuelano sobre as correntes fascistas", disse o Presidente.
Nicolás Maduro considerou que, nos últimos 30 dias, o chavismo, que governa o país desde 1999, travou uma "batalha pela verdade" e venceu-a, porque, vincou, o país está "em paz", depois dos protestos pós-eleitorais e das operações policiais que resultaram em mais de 2400 detenções e 25 mortos, segundo fontes estatais, que não incluem o número total de pessoas detidas nas últimas semanas.
No mesmo dia, a líder da oposição, María Corina Machado, marcou presença num protesto no leste de Caracas, enquanto iniciativas semelhantes se realizaram em algumas cidades da Venezuela e em vários países estrangeiros, com o objetivo de rejeitar a validação judicial da vitória de Maduro.
A coligação PUD insiste que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, ganhou as eleições presidenciais por larga margem e publicou "83,5% dos registos de votação", recolhidos por testemunhas e membros das assembleias de voto na noite das eleições, para reforçar a sua reivindicação, que conta com o apoio de muitos países e organizações nacionais e internacionais.
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