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Caça F-16 ucraniano despenhou-se na segunda-feira e piloto morreu

Um caça F-16 ucraniano despenhou-se na segunda-feira e o piloto morreu, poucas semanas após vários destes aviões de combate terem chegado à Ucrânia, segundo o comando militar de Kyiv, confirmando uma notícia avançada pelo Wall Street Journal.

Caça F-16 ucraniano despenhou-se na segunda-feira e piloto morreu
Notícias ao Minuto

18:48 - 29/08/24 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

As circunstâncias da queda do aparelho não foram especificadas pelo Estado-Maior das Forças Armadas que, em comunicado hoje divulgado, indica que aparelhos F-16 foram utilizados para repelir ataques de mísseis da Rússia.

 

Os caças demonstraram a sua "alta eficiência" e abateram quatro mísseis de cruzeiro inimigos, segundo a nota publicada nas redes sociais.

"Ao aproximar-se do alvo seguinte, o contacto com uma das aeronaves foi perdido. Mais tarde descobriu-se que o avião caiu e o piloto morreu", disse o Exército.

Para esclarecer as causas do incidente, foi criada uma comissão especial.

A Força Aérea Ucraniana, por sua vez, identificou o piloto como o tenente-coronel Oleksí Mes e destacou que "morreu a defender o seu país" e "salvou os ucranianos dos mortais mísseis russos".

De acordo com o Wall Street Journal, que cita um responsável norte-americano sob anonimato, a queda da aeronave foi resultado de um erro do piloto e não de fogo inimigo.

De acordo com a Força Aérea dos Estados Unidos, este piloto de MiG-29 de produção soviética foi treinado em 2019 para pilotar F-15 dos Estados Unidos.

O anúncio da sua morte surge depois de a Ucrânia ter revelado, no início de agosto, que tinha recebido os seus primeiros aviões de combate F-16, após uma espera de mais de dois anos.

O Kremlin também não comentou um possível abate deste F-16, que, devido ao seu potencial para proteger as tropas ucranianas e a sua artilharia na frente de combate, e por ser fabricado pelos Estados Unidos, representa uma aeronave de grande valor para Moscovo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, voltou hoje a apelar aos estados-membros da União Europeia para que tomem decisões que permitam ataques de Kyiv contra "objetivos militares legítimos" em território russo.

Os Países Baixos, que lideram a coligação de fornecimento de F-16 a Kyiv, autorizaram hoje a Ucrânia a utilizar os caças cedidos pelo seu país para atacar o território russo, desde que Kyiv "cumpra as leis da guerra" e tenha as infraestruturas civis como principal "linha vermelha".

O debate ganhou força nos últimos dias como resultado dos bombardeamentos em grande escala na Ucrânia, a par da ofensiva ucraniana contra a província russa de Kursk, onde Kyiv já reivindica o controlo de mais de cem localidades e quase 1.300 quilómetros quadrados de território.

Bélgica, Dinamarca, Países Baixos e Noruega -- todos membros da NATO -- comprometeram-se a fornecer à Ucrânia mais de 60 aviões.

A Ucrânia precisa de pelo menos 130 caças F-16 para neutralizar o poder aéreo russo, de acordo com as autoridades ucranianas.

A primeira entrega foi anunciada em 04 de agosto pelo Presidente ucraniano.

Leia Também: Países Baixos autorizam forças ucranianas a usar F-16 contra Rússia

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