"Decidi substituir o comandante da Força Aérea das Forças Armadas Ucranianas", disse Zelensky na rede Telegram, após a publicação do decreto da demissão no 'site' da presidência.
Um caça F-16 ucraniano despenhou-se na segunda-feira e o piloto morreu, poucas semanas após vários destes aviões de combate terem chegado à Ucrânia, segundo o comando militar de Kiev em comunicado divulgado três dias depois.
As circunstâncias da queda do aparelho não foram especificadas pelo Estado-Maior das Forças Armadas, que indicou que aviões F-16 foram utilizados nos dias anteriores para repelir ataques de mísseis da Rússia.
Os caças demonstraram a sua "alta eficiência" e abateram quatro mísseis de cruzeiro inimigos, segundo a nota publicada nas redes sociais.
"Ao aproximar-se do alvo seguinte, o contacto com uma das aeronaves foi perdido. Mais tarde descobriu-se que o avião caiu e o piloto morreu", descreveu ainda.
A Força Aérea Ucraniana, por sua vez, identificou o piloto como o tenente-coronel Oleksi Mes e destacou que "morreu a defender o seu país" e "salvou os ucranianos dos mortais mísseis russos".
De acordo com o Wall Street Journal, que cita um responsável norte-americano sob anonimato, a queda da aeronave foi resultado de um erro do piloto e não de fogo inimigo.
Antes da sua demissão, Mykola Oleshchuk anunciara uma investigação conjunta com os Estados Unidos para apurar a causa do incidente,
"Garanto que já está a ser feita uma análise detalhada, está em curso uma investigação", escreveu Oleshchuk na sua conta de Telegram, dizendo ter recebido um "relatório preliminar" sobre o sucedido proveniente de Washington.
"Já se juntaram à investigação das causas", referiu ainda sobre a participação dos Estados Unidos no processo.
O chefe do Exército ucraniano respondeu ainda à deputada ucraniana Mariana Bezugla, que afirmou nas suas redes que o F-16 foi abatido por fogo amigo ucraniano enquanto participava na segunda-feira na interceção do ataque massivo com mísseis e drones pela Rússia.
"É claro que vamos estabelecer as causas do desastre aéreo. Ninguém escondeu nada ou está a esconder nada", declarou Oleshchuk, que acusou Bezugla de usar a tragédia para desacreditar a hierarquia do Exército ucraniano.
"Mais uma vez, apenas me atirou lama pessoalmente e à Força Aérea. Você desacreditou os fabricantes de armas americanos, o principal aliado da Ucrânia, os Estados Unidos", acrescentou Oleshchuk.
[Notícia atualizada às 19h02]
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