Berlim, Londres e Washington condenam ataque russo a Poltava
A Alemanha, o Reino Unido e os Estados Unidos condenaram hoje o ataque russo com mísseis à cidade de Poltava, no centro da Ucrânia, que fez pelo menos 51 mortos e mais de 200 feridos.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
"A brutalidade de [Vladimir] Putin (Presidente russo) não conhece limites", criticou a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, na sua conta da rede social X (antigo Twitter), acrescentando que ele "tem de ser responsabilizado".
O chefe da diplomacia britânica, David Lamy, condenou também na rede social X o ataque mortífero russo àquela cidade ucraniana, afirmando tratar-se do "mais recente ato de agressão doentio da guerra hedionda e ilegal travada por Putin na Ucrânia".
Por sua vez, a Casa Branca sublinhou que o ataque russo a Poltava é mais uma demonstração da "brutalidade" do Presidente da Rússia, que ordenou em fevereiro de 2022 a invasão da Ucrânia e ali leva a cabo, desde então, uma guerra de agressão que não tem poupado civis.
"É um terrível lembrete da brutalidade [de Putin]", considerou hoje o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby.
Na cidade ucraniana de Poltava, o bombardeamento russo com mísseis que hoje destruiu parcialmente um instituto militar matou pelo menos 51 pessoas e feriu mais de 200, segundo o mais recente balanço oficial, que poderá ainda sofrer um aumento.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
Nas últimas semanas, as tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguiram o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
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