"Este é claramente um incidente preocupante. Agradecemos o apoio das autoridades turcas que o estão a investigar", sublinhou o porta-voz do Departamento de Defesa (Pentágono), o general Pat Ryder, em conferência de imprensa.
Os agressores eram duas mulheres e treze homens que foram rapidamente capturados e colocados sob detenção, segundo adiantaram as autoridades da província de Izmir na rede social X, sobre o incidente de segunda-feira.
"Os dois fuzileiros estão em segurança. Foram assistidos por outros fuzileiros na área e levados para um hospital local para avaliação, mas não ficaram feridos", acrescentou Ryder.
Os dois fuzileiros são do USS Wasp, um navio da Marinha dos EUA.
O navio chegou a Izmir no domingo, depois de ter realizado um treino conjunto com navios de assalto turcos no Mediterrâneo.
A província de Izmir destacou que "cinco soldados norte-americanos à paisana assistiram ao incidente à distância e envolveram-se" na sua resolução.
O porta-voz do Pentágono detalhou hoje que nenhum fuzileiro foi detido e que os envolvidos estão a colaborar com os investigadores.
O Ministério Público turco tinha divulgado na segunda-feira a detenção de 15 pessoas devido à agressão aos dois militares norte-americanos, acrescentando que os suspeitos são membros da União da Juventude Turca (TGB).
A TGB reivindicou a autoria do ataque num vídeo partilhado na sua conta na X.
"Pusemos um saco na cabeça dos soldados americanos do USS Wasp (...). Os soldados americanos, que têm nas mãos o sangue dos nossos soldados e de milhares de palestinianos, não podem contaminar o nosso país", afirmou o grupo nacionalista.
Em meados de agosto, o USS Wasp efetuou manobras com navios militares turcos no Mediterrâneo, que os meios de comunicação turcos associados à oposição viram como uma manifestação de apoio a Israel.
O Ministério da Defesa turco rejeitou as críticas, insistindo que as manobras eram "de rotina".
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