ONU acusa partes beligerantes de crimes de guerra e apela à proteção

Os peritos da ONU que investigam os abusos na guerra civil do Sudão acusaram hoje o exército e as Forças de Reação Rápida paramilitares de crimes de guerra, apelando ao "envio imediato" de uma força para proteger os civis.

Notícia

© REUTERS

Lusa
06/09/2024 08:57 ‧ 06/09/2024 por Lusa

Mundo

Sudão

 

 

No seu primeiro relatório desde que foi nomeada pelo Conselho dos Direitos do Homem da Organização das Nações Unidas (ONU), a missão de três membros, presidida pelo tanzaniano Mohamed Chande Othman, acusa ainda as forças de crimes contra a humanidade pelos seus ataques a aldeias não árabes em Darfur e pede que o embargo às armas seja alargado a todo o país.

Apela também ao "envio imediato" de uma força "independente e imparcial" para proteger a população civil, a extensão a todo o Sudão da investigação que o Tribunal Penal Internacional iniciou em 2005 sobre as violações dos direitos humanos em Darfur e a criação de um mecanismo judicial internacional para complementar o trabalho do tribunal.

No relatório agora apresentado em comunicado, os peritos concluíram que as duas partes beligerantes "cometeram uma série terrível de violações dos direitos humanos e crimes internacionais, muitos dos quais podem ser classificados como crimes de guerra e crimes contra a humanidade".

"A gravidade destas constatações sublinha a urgência de tomar medidas imediatas para proteger os civis", sublinha Mohamed Chande Othman.

A missão foi criada no final do ano passado pelo Conselho dos Direitos do Homem para documentar as violações dos direitos humanos cometidas no Sudão desde o início da guerra, em abril de 2023.

O conflito opõe o exército, liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhane, às forças paramilitares, lideradas pelo general Mohamed Hamdane Daglo.

Segundo a ONU, a guerra causou dezenas de milhares de mortos e deslocou mais de 10 milhões de pessoas, tendo ainda provocado uma crise humanitária muito grave.

Leia Também: Sudão: Investigadores denunciam saque do Museu Nacional e peças à venda na internet

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas