Sanções a Moscovo vão existir até "colapso dos EUA durante guerra civil"
O ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, considerou que uma guerra civil nos Estados Unidos "é inevitável". "Não é à toa que Hollywood faz filmes sobre ela", ironizou.
© Artem Priakhin/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Mundo Dmitry Medvedev
O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, considerou, este sábado, que os Estados Unidos só irão levantar as sanções a Moscovo quando houver uma "nova guerra civil", que é "inevitável".
Numa publicação, na plataforma Telegram, Medvedev questionou se Donald Trump, candidato republicano às presidenciais norte-americanas, iria levantar as sanções se fosse eleito e respondeu: "Claro que não".
Para o ex-presidente russo, o republicano é "um tipo extravagante e narcisista, mas, ao mesmo tempo, pragmático".
"Trump, enquanto empresário, entende que as sanções prejudicam o domínio do dólar no mundo. No entanto, não o suficiente para organizar uma revolução nos Estados Unidos e ir contra a linha antirrussa", considerou.
Já a candidata democrata, Kamala Harris, também continuará com as sanções, porque "é inexperiente e, segundo os seus inimigos, simplesmente estúpida". "Vão preparar discursos lindos e sem sentido e respostas chatas e corretas às perguntas, que lerá no teleponto, rindo de forma contagiante", atirou.
Lembrando que "houve sanções contra a URSS ao longo do século XX", que "retomaram numa escala sem precedentes" no século XXI, Medvedev afirmou que haverá "sanções para sempre" ou até ao "colapso dos Estados Unidos".
"Portanto, para todos nós – sanções para sempre. Ou melhor, até ao colapso dos Estados Unidos durante uma nova guerra civil inevitável. Não é à toa que Hollywood faz filmes sobre ela", atirou.
Sublinhe-se que, na quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, apoiou a candidatura da norte-americana Kamala Harris à Casa Branca, um dia depois de Washington ter acusado Moscovo de interferência nas presidenciais dos Estados Unidos da América.
O chefe de Estado russo indicou que o adversário republicano nas presidenciais norte-americanas, Donald Trump, que foi presidente entre 2017 e 2021, impôs "mais sanções à Rússia do que qualquer outro presidente".
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