Itália receia influência da Rússia e China com Balcãs Ocidentais fora da UE

O Ministro dos Negócios Estrangeiros italiano manifestou hoje forte apoio às candidaturas dos países dos Balcãs Ocidentais à adesão à União Europeia, afirmando que, caso contrário, a região poderá vir a aproximar-se da Rússia ou da China.

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Lusa
10/09/2024 23:58 ‧ 10/09/2024 por Lusa

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Durante uma visita à Macedónia do Norte, Antonio Tajani afirmou que o bloco deve "dar a mão a esses povos que querem estar com os europeus".

 

"Se não o fizermos, haverá alguém que nos quererá substituir, nomeadamente a Rússia, a China e outras partes do mundo, nomeadamente a Turquia", afirmou Antonio Tajani.

O responsável falava durante uma conferência de imprensa com o seu homólogo da Macedónia do Norte, Timcho Mutsunski, na capital Skopje.

Antonio Tajani afirmou que a Itália está "a trabalhar e trabalhará para que a Macedónia do Norte seja um membro efetivo da União Europeia o mais rapidamente possível".

A Macedónia do Norte e a vizinha Albânia são candidatos à adesão à UE desde 2005. Iniciaram as negociações de adesão com o bloco em 2022, num processo que deverá demorar anos.

Os outros países dos Balcãs Ocidentais que pretendem aderir à UE são a Sérvia, o Montenegro, a Bósnia e o Kosovo.

Os diferendos com os países vizinhos da UE atrasaram as negociações de adesão da Macedónia do Norte. Uma disputa de décadas com a Grécia sobre a utilização do nome Macedónia e o património antigo da região foi ultrapassada em 2018.

Contudo, surgiu entretanto um novo diferendo com a Bulgária, também centrado na História, na língua e na cultura dos Balcãs.

Na sequência da pressão búlgara, a UE pediu à Macedónia do Norte que alterasse a sua Constituição - inserindo uma referência à existência de uma minoria étnica búlgara - para que o processo de adesão pudesse avançar.

Em troca, a Bulgária levantaria as suas objeções à adesão da Macedónia do Norte.

O anterior governo de centro-esquerda de Skopje tinha concordado em efetuar a alteração constitucional, mas não conseguiu assegurar a maioria necessária no Parlamento.

O novo governo conservador da Macedónia do Norte opõe-se firmemente à alteração proposta e está a fazer tudo o que pode para a adiar.

Leia Também: Médio Oriente. Chefes da diplomacia do G7 pedem que se evite escalada

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