Trump acusa Harris de "copiar plano de Biden" para economia

O candidato presidencial republicano, Donald Trump, classificou na terça-feira a vice-presidente e a sua adversária democrata, Kamala Harris, de "marxista" e acusou-a de não ter planos económicos próprios, copiando políticas do atual Presidente, Joe Biden.

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Lusa
11/09/2024 04:13 ‧ 11/09/2024 por Lusa

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"Ela não tem um plano. Ela copiou o plano de Biden e resume-se a quatro frases. Quatro frases que são apenas 'vamos tentar reduzir os impostos'. Ela não tem programa", disse Trump durante o primeiro debate entre os dois candidatos na cidade norte-americana de Filadélfia.

"Ela é marxista. Todos sabem que ela é marxista. O pai dela é um professor marxista de economia, e ele ensinou-a bem", declarou o republicano sob o olhar atento de Harris, que sorria e abanava a cabeça enquanto ouvia o magnata falar.

O ex-presidente já havia feito ataques pessoais semelhantes contra Harris e evocou na terça-feira o pai da vice-presidente, Donald Harris, com origens humildes e que obteve um doutoramento na Universidade da Califórnia, Berkeley, além de se tornar professor em Stanford.

No debate de terça-feira, o ex-presidente voltou a afirmar que a inflação nos Estados Unidos é "provavelmente a pior da história" norte-americana, uma falsa alegação que a imprensa norte-americana rapidamente clarificou, embora assinalando que a inflação durante o corrente Governo de Biden tem sido maior do que o normal nos últimos anos.

"Eu criei uma das maiores economias da história do nosso país. Eles destruíram a economia", acrescentou Trump, prometendo que se voltar à Casa Branca irá restaurar a economia do país.

O debate histórico de terça-feira é o primeiro entre Donald Trump e Kamala Harris e começou com um raro aperto de mãos, iniciado pela vice-presidente, que se apresentou pelo nome, num lembrete de que esta é a primeira vez que os dois políticos se encontram pessoalmente. É também o primeiro aperto de mão num debate presidencial desde 2016.

Ainda nos primeiros momentos do debate, após acusações de Kamala Harris, Donald Trump recusou qualquer ligação ao Projeto 2025, um polémico programa governamental desenvolvido por grupos ultraconservadores caso o republicano regresse à Casa Branca, qualificando algumas das propostas como "boas e outras más".

 "O que vocês ouvirão hoje à noite é um plano detalhado e perigoso chamado Projeto 2025, que o ex-presidente pretende implementar se for eleito novamente", disse Kamala Harris.

"Como vocês sabem, e como ela sabe, não tenho nada a ver com o Projeto 2025. Isso está aí, eu não li. Não quero ler, propositadamente. Não vou ler", assegurou Trump.

O Projeto 2025, promovido pela Heritage Foundation, um 'think tank' de extrema-direita, propõe um roteiro para uma mudança radical na Administração norte-americana se Trump vencer as eleições de 05 de novembro.

Os seus planos incluem o desmantelamento de várias agências do Governo federal e a demissão de milhares de funcionários públicos para os substituir por pessoas leais a Trump que, sem objeções, aplicariam uma agenda radical.

Apesar de Trump negar qualquer vínculo com esse projeto, um levantamento feito pela CNN internacional indica que pelo menos 140 pessoas que trabalharam no Governo do magnata estavam envolvidas com o Projeto 2025 de alguma forma.

 Kamala Harris e Donald Trump defrontaram-se na terça-feira, pela primeira vez, num histórico debate presidencial que poderá definir a corrida à Casa Branca.

Sediado pela rede ABC News, o debate decorreu no National Constitution Center, em Filadélfia, e foi regido pelas mesmas regras que foram ditadas para o histórico debate de junho entre Trump e o atual Presidente e ex-candidato democrata, Joe Biden, que acabou por desistir da corrida após um fraco desempenho nesse confronto.

Os jornalistas da ABC News David Muir e Linsey Davis moderaram o debate -- o único agendado até ao momento entre Donald Trump e Kamala Harris, pelo que poderá ser a primeira e única vez que os eleitores verão os dois políticos num frente-a-frente antes da eleição geral.

Leia Também: Debate EUA: Harris "controlou o debate" e Trump mordeu o isco

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