"A partir de hoje, mais de 30 países, 34 para ser mais preciso, manifestaram o desejo de se juntar às atividades do nosso grupo de uma forma ou de outra", disse o chefe de Estado da Rússia, que atualmente preside à organização, numa reunião em São Petersburgo com os representantes do grupo responsáveis pela segurança nacional, segundo a agência de notícias russa TASS.
Putin disse que em Kazan, para além de abordar o "interesse crescente" em aprofundar a cooperação entre estes países, será discutido o formato em que os novos membros participarão no grupo originalmente criado pela Rússia, China, Brasil, Índia e África do Sul.
No dia 01 de janeiro, o Irão, o Egito, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e a Etiópia aderiram aos BRICS e, nos últimos meses, países como a Turquia e o Azerbaijão apresentaram pedidos de adesão.
Além disso, sublinhou que a presidência russa do grupo atribui grande importância à segurança global e sublinhou que os BRICS acumularam uma experiência "sólida" na reação às ameaças colocadas pelo terrorismo e pelo extremismo, mas também pelo tráfico de droga e de armas.
Adiantou ainda que está em fase final a criação, no âmbito do grupo, de um conselho para combater o financiamento do terrorismo e o branqueamento de capitais.
O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Serguei Shoigu, destacou o potencial contributo do grupo BRICS para a segurança global e apelou aos seus membros para que reforcem a cooperação com o Sul Global de forma a forjar uma nova "maioria mundial".
Shoigu reuniu-se em São Petersburgo com o seu homólogo iraniano, Ali Akbar Ahmadian, anunciando depois a assinatura antecipada de um novo acordo-quadro entre a Rússia e o Irão, que na terça-feira foi alvo de uma nova ronda de sanções ocidentais por ter fornecido mísseis balísticos a Moscovo.
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