Xi Jinping visita Rússia em outubro para participar na cimeira dos Brics
O Presidente chinês, Xi Jinping, vai participar na cimeira do bloco de economias emergentes Brics em Kazan, na Rússia, em outubro, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi.
© LEAH MILLIS/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Xi Jinping
O chefe da diplomacia chinesa confirmou a participação de Xi na cimeira, durante uma reunião em São Petersburgo com o Presidente russo, Vladimir Putin.
"O Presidente Xi tem o prazer de aceitar o seu convite", disse Wang a Putin, segundo imagens divulgadas pela imprensa russa.
"Nesta ocasião, os dois chefes de Estado vão manter novas conversações estratégicas", acrescentou, sublinhando o facto de os dois líderes terem "estabelecido uma sólida confiança mútua e uma profunda amizade".
Putin já tinha indicado que esperava a participação do homólogo chinês na cimeira.
Os dois homens são parceiros próximos e encontraram-se por várias vezes ao longo dos anos para demonstrar a "amizade ilimitada" entre os dois países, que se tornou ainda mais forte desde a ofensiva russa na Ucrânia.
Moscovo e Pequim acusam conjuntamente os Estados Unidos da América de manter a sua hegemonia nos assuntos internacionais.
Vladimir Putin visitou Pequim em maio passado para conversações com Xi Jinping.
A China apresenta-se como neutra no conflito na Ucrânia e afirma que não está a fornecer armas a nenhum dos lados. Mas norte-americanos e europeus acusam-na regularmente de oferecer à Rússia, que é alvo de grandes sanções ocidentais, um apoio económico crucial para o seu esforço de guerra.
A cimeira dos Brics também deverá acolher outro parceiro próximo de Putin e rival regional de Pequim, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que já visitou a Rússia em julho.
Com quatro membros (Brasil, China, Índia e Rússia) quando foi criado em 2009, o bloco Brics recebeu a adesão da África do Sul em 2010 e foi alargado este ano para incluir vários outros países emergentes, incluindo o Egito e o Irão.
A Turquia, membro da NATO com relações por vezes tensas com os seus aliados ocidentais, anunciou no início de setembro que pediu para aderir ao bloco.
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