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Turquia pede prisão para militares israelitas que mataram ativista

O Governo turco anunciou hoje que vai pedir uma ordem de prisão internacional para os responsáveis pela morte de uma ativista norte-americano nascida na Turquia, morta pelo exército israelita durante um protesto na Cisjordânia na sexta-feira passada.

Turquia pede prisão para militares israelitas que mataram ativista
Notícias ao Minuto

13:32 - 12/09/24 por Lusa

Mundo Cisjordânia

Em comunicado, o ministro da Justiça turco, Yilmaz Tunç, declarou que a Procuradoria-Geral de Ancara abriu um inquérito sobre a morte da ativista Aysenur Ezgi Eygi, ao abrigo da legislação nacional turca, e garantiu que serão tomadas "todas as medidas legais" para que seja feita justiça.

 

Além disso, o ministro confirmou que a Turquia irá solicitar um "aviso vermelho", um mandado de captura internacional emitido através da Interpol, contra os alegados responsáveis pela morte da ativista, que nasceu na Turquia mas viveu nos Estados Unidos desde muito jovem.

Tunç disse ainda que vai levar o caso a organismos internacionais, incluindo o Tribunal Penal Internacional (TPI), para garantir que a morte de Eygi é investigada no contexto de alegadas violações dos direitos humanos na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.

"Aysenur foi martirizada com um tiro na cabeça. Há fotografias relacionadas com os autores do crime. Trabalharemos para defender os seus direitos também no sistema internacional", disse o ministro.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia confirmou hoje que o corpo da ativista de 26 anos será enviado de Israel para Istambul esta sexta-feira, onde será recebido pelas autoridades e familiares.

O caixão será depois transferido para a cidade de Izmir, antes de ser enterrado em Didim, uma cidade costeira na província de Aydin, informou o governo turco.

Eygi, que trabalhava como voluntária no Movimento Internacional de Solidariedade (ISM), foi baleada na cabeça na sexta-feira passada, quando participava num protesto perto de Nablus contra a expansão dos colonatos israelitas na Cisjordânia, que, segundo testemunhas, era pacífico.

Embora tenha sido levada para um hospital próximo com ferimentos graves, os médicos não conseguiram reanimá-la, segundo fontes médicas.

O exército israelita afirmou na terça-feira que "é altamente provável que ela tenha sido atingida involuntariamente por fogo israelita que não era dirigido a ela", mas a um alegado instigador de uma manifestação que descreveu como um "motim".

A família de Eygi, que vive nos Estados Unidos há décadas, apelou ao Governo norte-americano para que efetuasse uma investigação independente "sobre o assassinato ilegal de uma cidadã americana e para garantir a responsabilização dos seus autores".

Na terça-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou a morte da mulher "injustificada e injustificável", acrescentando que "ninguém deve ser morto por participar num protesto".

Leia Também: Ataques israelitas deixam mais oito mortos na Cisjordânia

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