Os restos mortais da jovem foram recebidos no aeroporto de Istambul pelo governador local, que presidiu a uma breve cerimónia com representantes do partido conservador islâmico AKP.
O pai da ativista, Mehmet Suat Eygi, de 60 anos, que veio dos Estados Unidos, confirmou na noite de quinta-feira que Aysenur será sepultada no sábado, no pequeno balneário de Didim, na costa do Egeu, a 160 quilómetros ao sul de Izmir.
O Governo turco anunciou na quinta-feira que vai pedir uma ordem de prisão internacional para os responsáveis pela morte da ativista norte-americana, morta pelo exército israelita durante um protesto na Cisjordânia na sexta-feira passada.
Eygi, que trabalhava como voluntária no Movimento Internacional de Solidariedade (ISM), foi baleada na cabeça quando participava num protesto perto de Nablus contra a expansão dos colonatos israelitas na Cisjordânia, que, segundo testemunhas, era pacífico.
Embora tenha sido levada para um hospital próximo com ferimentos graves, os médicos não conseguiram reanimá-la, segundo fontes médicas.
O exército israelita afirmou na terça-feira que "é altamente provável que ela tenha sido atingida involuntariamente por fogo israelita que não era dirigido a ela", mas a um alegado instigador de uma manifestação que descreveu como um "motim".
A família de Eygi, que vive nos Estados Unidos há décadas, apelou ao Governo norte-americano para que efetuasse uma investigação independente "sobre o assassinato ilegal de uma cidadã americana e para garantir a responsabilização dos seus autores".
Na terça-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou a morte da mulher "injustificada e injustificável", acrescentando que "ninguém deve ser morto por participar num protesto".
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