No sábado, Michael Brown, de 18 anos, foi morto com vários disparos de um agente da polícia, cuja identidade não foi divulgada.
Os manifestantes, a maioria também eles jovens negros, entoaram, na noite de quinta-feira, palavras de ordem, lembrando também a morte de outro negro norte-americano, Eric Garner, fatalmente agredido durante a detenção por um agente de Nova Iorque no mês passado, relata a AFP.
"Eric Garner, Michael Brown, Justiça", lia-se nalguns cartazes. "Solidariedade com as pessoas de Ferguson, vítimas de ódio e violência legitimados", estava escrito num cartaz empunhado por uma jovem que se identificou apenas como Cherry.
À AFP, Cherry disse temer pela sua segurança, perante os incidentes das últimas semanas, com pendor racial.
Os manifestantes, muitos deles também presentes nos protestos contra a morte do adolescente Trayvon Martin, baleado na Florida, pediram a demissão do chefe da polícia de Nova Iorque, Bill Bratton.
A morte de Michael Brown está a ser investigada pelo FBI, a pedido de grupos de defesa dos direitos civis.
Testemunhas do incidente de sábado disseram à imprensa local que Brown e um amigo caminhavam pelo meio de uma rua quando a polícia os mandou parar. Segundo essas testemunhas, o jovem pôs os braços no ar para mostrar que não estava armado antes de ser alvejado com vários tiros.
A versão preliminar das autoridades é de que houve uma luta, durante a qual Brown empurrou o agente da polícia e tentou tirar-lhe a arma, o que fez o polícia disparar.
Desde então, a cidade de Ferguson tem sido palco de distúrbios violentos em protesto pela morte de Brown. O Presidente Barack Obama já veio apelar à calma e pediu contenção às forças de segurança.