"A Laura tem sido uma apoiante minha", disse Trump, durante uma conferência de imprensa próximo de Los Angeles, depois de ter sido pressionado por aliados republicanos preocupados com a sua associação com Loomer, que já se declarou uma islamófoba orgulhosa" e tem uma longa história de promover teorias de conspiração horríveis e extremas.
Trump disse que Loomer tem "opiniões fortes", mas repetiu que desconhecia os seus comentários mais recentes, incluindo uma mensagem na rede social X na qual empregava estereótipos racistas, ao escrever que "a Casa Branca vai cheirar a caril" e que "os discursos da Casa Branca vão ser entregues através de um 'call center'", se a rival democrata, a vice-presidente Kamala Harris, ganhar em novembro.
Kamala é filha de imigrantes, um pai jamaicano e mãe indiana.
"Não controlo a Laura. A Laura pode dizer o que quiser", disse Trump. "Não posso dizer à Laura o que deve fazer".
Mais tarde, acrescentou que Loomer "traz-nos um espírito que muita gente tem", reforçando que, "tem de se lhe fazer justiça, ela odeia ver o que está a acontecer ao país".
O aparecimento de Loomer nos eventos da campanha com Trump tem alarmado alguns dos principais apoiantes do candidato republicano, que tomaram a posição rara de exprimir publicamente as suas preocupações que ele está a prejudicar as suas hipóteses contra Harris, que está a elevar o entusiasmo dos democratas e colocou Trump na defensiva durante debate televisivo.
A congressista republicana Marjorie Taylor Greene, ela própria conhecida por difundir teorias da conspiração, classificou a mensagem sobre o caril "terrível e extremamente racista" e disse que não representava o movimento de Trump.
O senador republicano Thom Tillis, eleito pelo Estado da Carolina do Norte, classificou Loomer como "uma louca teórica das conspirações que divulga lixo nojento para dividir os republicanos" e disse que "um infiltrado do Partido Democrata não faria um melhor trabalho do que ela está a fazer para prejudicar as hipóteses do presidente Trump de ganhar a reeleição".
Trump tem uma história de associação com extremistas, incluindo um jantar em 2022, no seu clube em Mar-a-Lago, com Nick Fuentes, um ativista de extrema-direita que tem usado a sua plataforma online para divulgar retórica antissemita e nacionalista.
Leia Também: Springfield alvo de ameaças de bomba após declarações (falsas) de Trump