Trump recusa condenar comentários racistas de apoiante de extrema-direita

Donald Trump recusou condenar, na sexta-feira, recentes comentários racistas da provocadora de extrema-direita Laura Loomer, que viajou com ele para o debate presidencial e vários eventos relacionados com o 11 de Setembro.

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© Justin Sullivan/Getty Images

Lusa
14/09/2024 06:38 ‧ 14/09/2024 por Lusa

Mundo

EUA

"A Laura tem sido uma apoiante minha", disse Trump, durante uma conferência de imprensa próximo de Los Angeles, depois de ter sido pressionado por aliados republicanos preocupados com a sua associação com Loomer, que já se declarou uma islamófoba orgulhosa" e tem uma longa história de promover teorias de conspiração horríveis e extremas.

 

Trump disse que Loomer tem "opiniões fortes", mas repetiu que desconhecia os seus comentários mais recentes, incluindo uma mensagem na rede social X na qual empregava estereótipos racistas, ao escrever que "a Casa Branca vai cheirar a caril" e que "os discursos da Casa Branca vão ser entregues através de um 'call center'", se a rival democrata, a vice-presidente Kamala Harris, ganhar em novembro.

Kamala é filha de imigrantes, um pai jamaicano e mãe indiana.

"Não controlo a Laura. A Laura pode dizer o que quiser", disse Trump. "Não posso dizer à Laura o que deve fazer".

Mais tarde, acrescentou que Loomer "traz-nos um espírito que muita gente tem", reforçando que, "tem de se lhe fazer justiça, ela odeia ver o que está a acontecer ao país".

O aparecimento de Loomer nos eventos da campanha com Trump tem alarmado alguns dos principais apoiantes do candidato republicano, que tomaram a posição rara de exprimir publicamente as suas preocupações que ele está a prejudicar as suas hipóteses contra Harris, que está a elevar o entusiasmo dos democratas e colocou Trump na defensiva durante debate televisivo.

A congressista republicana Marjorie Taylor Greene, ela própria conhecida por difundir teorias da conspiração, classificou a mensagem sobre o caril "terrível e extremamente racista" e disse que não representava o movimento de Trump.

O senador republicano Thom Tillis, eleito pelo Estado da Carolina do Norte, classificou Loomer como "uma louca teórica das conspirações que divulga lixo nojento para dividir os republicanos" e disse que "um infiltrado do Partido Democrata não faria um melhor trabalho do que ela está a fazer para prejudicar as hipóteses do presidente Trump de ganhar a reeleição".

Trump tem uma história de associação com extremistas, incluindo um jantar em 2022, no seu clube em Mar-a-Lago, com Nick Fuentes, um ativista de extrema-direita que tem usado a sua plataforma online para divulgar retórica antissemita e nacionalista.

Leia Também: Springfield alvo de ameaças de bomba após declarações (falsas) de Trump

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