"O terror russo começa em depósitos de armas, campos de aviação e bases militares dentro da Federação Russa", justificou o conselheiro presidencial ucraniano Andriy Yermak.
"A permissão para atacar profundamente a Rússia acelerará a solução", disse.
Kyiv voltou a tocar no assunto das armas de longo alcance depois de mais uma noite de ataques da Rússia, com recurso a drones e artilharia.
De acordo com a Força Aérea ucraniana, foram lançados 76 drones sobre a Ucrânia, dos quais 72 foram abatidos, nas regiões de Odessa, Mikolayiv, Kherson, Poltava, Kharkov, Kyiv, Donetsk, Zhitomyr, Dnipro, Cherkassi, Vinitsia e Sumi.
Em Odessa, vários edifícios foram danificados na sequência dos ataques.
A Rússia tem intensificado os ataques contra a rede elétrica e os serviços públicos da Ucrânia.
Outras investidas noturnas russas causaram um morto e sete feridos, em resultado do fogo de artilharia contra uma infraestrutura de energia na região de Sumy, na Ucrânia.
Uma bomba aérea guiada caiu num complexo de garagens na cidade de Kharkiv, sem provocar feridos, disse o governador regional, Ihor Terekhov.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem pressionado os aliados para permitirem que as forças de Kyiv usem armas ocidentais para atingir bases aéreas e locais de lançamento mais distantes no território russo.
"Precisamos de aumentar a defesa aérea e as capacidades de longo alcance para proteger o nosso povo", escreveu Zelensky nas redes sociais.
Até agora, Washington permitiu que Kyiv usasse armas fornecidas pelos norte-americanos apenas numa área limitada dentro da fronteira da Rússia com a Ucrânia.
Na sexta-feira, os líderes dos Estados Unidos e do Reino Unido, Joe Biden e Keir Starmer, respetivamente, encontraram-se em Washington, mas não anunciaram uma decisão sobre o uso de armas de longo alcance.
Ambos reafirmaram o apoio à Ucrânia e, segundo o comunicado divulgado posteriormente pela Casa Branca, "tiveram uma discussão aprofundada sobre uma série de questões de política externa de interesse mútuo".
De acordo com o mesmo comunicado, Biden e Starmer "expressaram profunda preocupação com o fornecimento de armas letais pelo Irão e pela Coreia do Norte à Rússia e o apoio da China à base industrial de defesa russa".
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