"Quando falamos no caixote do lixo da história, referimo-nos ao lugar onde Borrell está agora, de entrevista em entrevista, porta-voz do mal, uma retirada da política com as mãos manchadas de sangue, duplamente fracassado nas suas tentativas de prejudicar o povo venezuelano, inventando governos fictícios", escreveu o ministro das Relações Exteriores venezuelano, na rede social Telegram.
Borrell deixa um "legado sombrio" ao transformar a UE numa "instituição decrépita, colonialista e bélica", disse ainda Yván Gil.
A publicação surgiu em reação às declarações do alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Segurança Comum nas quais aludiu à saída do país do líder da oposição maioritária, Edmundo González Urrutia - em Espanha há uma semana, onde pediu asilo - e às "mil limitações" a que estão sujeitos os partidos políticos na Venezuela.
"Como se chama a tudo isto? Bem, naturalmente, isto é um regime ditatorial, autoritário, ditatorial", acusou Borrell, em entrevista à televisão espanhola Telecinco.
Nicolas Maduro foi reeleito nas presidenciais de 28 de julho, que são contestadas pela oposição e por parte da comunidade internacional.
A União Europeia não reconheceu como legítima a vitória de Nicolás Maduro, proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com 52% dos votos, por não terem sido publicadas as atas que a comprovam.
Simultaneamente, não reconheceu González Urrutia como vencedor das eleições, apesar dos apelos da oposição, que reclama vitória, estimando, com base nos relatórios fornecidos pelos seus escrutinadores, que o candidato tenha obtido mais de 60% dos votos.
Leia Também: "Não nos enganemos. Venezuela convocou eleições, mas não era democracia"