O candidato republicano às eleições presidenciais norte-americanas, Donald Trump, recorreu à sua rede social para mostrar que, afinal, há ‘Bad Blood’ [hostilidade, em português] entre si e a cantora Taylor Swift, que se posicionou ao lado dos democratas Kamala Harris e Tim Walz na corrida à Casa Branca.
“ODEIO A TAYLOR SWIFT!”, escreveu o magnata na Truth Social, este domingo.
É que, recorde-se, a artista fez saber que votará na candidata democrata nas eleições de 5 de novembro, pouco depois do final do debate entre a atual vice-presidente e o antigo chefe de Estado, que decorreu na terça-feira.
“Vou votar em Kamala Harris e Tim Walz nas eleições presidenciais de 2024. […] Penso que ela é uma líder talentosa e de pulso firme e acredito que podemos fazer muito mais neste país se formos liderados pela calma e não pelo caos”, escreveu a estrela da pop, numa declaração que assinou com "mulher sem filhos e com gatos", numa referência às críticas do candidato republicano a vice-presidente, JD Vance, às mulheres que não são mães.
Inicialmente, Trump deu conta de que não estava afetado pelo apoio de um dos maiores nomes do mundo da música aos seus adversários, tendo adiantado que não era “fã da Taylor Swift”.
“Gosto mais da Brittany [Mahomes]. Gosto mais dela do que da Taylor e ela é a mulher de um 'quarterback' incrível. Acho que ela é incrível", disse, referindo-se à esposa de Patrick Mahomes, dos Kansas City Chiefs, colega e melhor amigo de Travis Kelce, namorado da artista.
O magnata mudou, entretanto, de tom, possivelmente por as sondagens estarem a dar vantagem aos democratas. De acordo com dados recolhidos pela Ipsos para a agência Reuters, Kamala Harris tinha, na quinta-feira, uma vantagem de 47% face a Donald Trump, que se ficava pelos 42%.
Saliente-se ainda que, segundo um porta-voz da Administração de Serviços Gerais dos Estados Unidos, houve um total de 405.999 visitas à plataforma vote.gov através do link partilhado por Taylor Swift, um número largamente superior à média diária de 30 mil visitas no início de setembro, noticiou o New York Times.
Recorde-se, contudo, que Taylor Swift fez publicações a apelar ao registo ao voto em 2018, mesmo antes do apoio ao atual presidente Joe Biden, e em 2023, tendo levado a que milhares de pessoas se registassem nos dias que se seguiram.
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