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Presidente da Bolívia acusa líder da oposição de tentar "golpe de Estado"

O Presidente da Bolívia, Luis Arce, acusou o ex-líder do país Evo Morales (2006-2019) de planear um golpe de Estado na sequência de um bloqueio de estradas previsto para hoje.

Presidente da Bolívia acusa líder da oposição de tentar "golpe de Estado"
Notícias ao Minuto

07:02 - 16/09/24 por Lusa

Mundo Luis Arce

Numa mensagem televisiva divulgada no domingo, Arce acusou Morales, líder do partido que controla o parlamento, de querer impor a sua candidatura presidencial "a bem ou a mal".

 

"Tenho a responsabilidade histórica de denunciar ao país e ao mundo o que poderá ocorrer nos próximos dias na Bolívia devido à sua responsabilidade", disse Arce, dirigindo-se diretamente a Morales.

"Será iniciada uma marcha nos próximos dias para depois avançar para um bloqueio rodoviário nacional, que terminará numa tentativa de golpe de Estado contra um governo popular, é algo que terá de prestar contas ao nosso povo mais cedo ou mais tarde", acrescentou o Presidente.

Grupos de indígenas aimarás decidiram instalar hoje um bloqueio nas estradas que ligam a capital La Paz ao resto do país, para pedir a demissão de Arce e do vice-presidente David Choquehuanca, a quem acusam de dividir as organizações sociais.

Também os sectores leais a Evo Morales anunciaram para terça-feira uma marcha que terá início na cidade de Caracollo, 190 quilómetros a sudeste de La Paz, em protesto contra a difícil situação económica e a falta de dólares e de combustível.

Uma alegada tentativa de golpe de Estado abalou em 26 de junho a Bolívia, país sul-americano que enfrenta uma grave crise económica, com um grupo de militares a insurgir-se contra o Governo de Luis Arce.

O Presidente disse acreditar que a tentativa de golpe de Estado se deveu a ter demitido o comandante-geral do exército, general Juan José Zúñiga, a 25 de junho, por ter "violado a constituição política do Estado" com declarações numa entrevista que não estava autorizado a conceder.

Nessa entrevista, Zuñiga ameaçou deter Evo Morales caso tentasse voltar a candidatar-se à presidência.

Morales já disse publicamente que deseja recandidatar-se em agosto de 2025, apesar da justiça da Bolivia o ter declarado como banido de o fazer

Morales, dirigente de esquerda foi forçado a renunciar ao poder em 2019 e, no mesmo ano, Jeanine Áñez, de direita, autoproclamou-se "presidente transitória do Estado".

Leia Também: Cuba, Bolívia e outros países vizinhos apoiam Maduro em disputa eleitoral

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