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EUA anunciam mais sanções a empresa israelita de espionagem eletrónica

Os EUA anunciaram segunda-feira mais sanções contra uma empresa de programas informáticos ['software'] de espionagem ['spyware'], a Intellexa Consortium, dirigida por um antigo oficial militar israelita, que conseguem aceder a informação guardada em telemóveis.

EUA anunciam mais sanções a empresa israelita de espionagem eletrónica
Notícias ao Minuto

06:31 - 17/09/24 por Lusa

Mundo EUA

Investigadores privados e dirigentes do governo do presidente Joe Biden adiantaram que os produtos da Intellexa Consortium têm sido usados em campanhas de vigilância massiva em todo o mundo, permitindo a utilizadores sem escrúpulos espiar e obter informação sensível de jornalistas, candidatos políticos e figuras da oposição.

 

As sanções incidem sobre cinco pessoas e uma organização com ligações à Intellexa, uma rede de empresas, baseada na Grécia, com filiais na Macedónia do Norte, Hungria, Irlanda e Ilhas Virgens Britânicas.

A empresa desenvolveu e vendeu uma série de instrumentos de 'spyware, designada Predator, que permite entrar em um aparelho sem ter de solicitar ao utilizador que clique em ligações ou ficheiros anexados.

O programa dá acesso à câmara e microfone, bem como qualquer data ou documento guardado no aparelho em causa.

"Os EUA não vão tolerar a propagação irresponsável de tecnologias disruptivas que ameaçam a nossa segurança nacional e atentam contra a privacidade e as liberdades civis dos nossos cidadãos", disse Bradley T. Smith, o subsecretário do Tesourom para o terrorismo e as informações financeiras.

Várias subsidiárias da Intellexa e dois funcionários, incluindo o seu fundador, já tinham sido alvo de sanções no início do ano pelo governo de Biden.

No ano passado, o Departamento do Comércio colocou a Intellexa e uma das suas subsidiárias em uma 'lista negra', negando-lhe o acesso a tecnologia dos EUA.

As cinco pessoas sujeitas às novas sanções têm posições de direção na Intellexa ou em uma das subsidiárias.

O Aliada Group, outra subsidiária baseada nas Ilhas Virgens Britânicas, também foi sancionada no seguimento de alegações de permitir transações financeiras para a Intellexa no total de dezenas de milhões de dólares, adiantaram dirigentes do governo de Biden.

A Intellexa foi criada em 2019 por Tal Dilian, um antigo oficial militar israelita.

Dilian e Sara Hamou, uma especialista em zonas francas empresariais que tinha fornecido serviços à Intellexa, tinham sido penalizados no início do ano, no que o governo norte-americano disse que era o primeiro caso de sanções associadas a más práticas de 'spyware'.

A Amnistia Internacional tinha publicado um relatório no ano passado em que revelava que a Predator tinha sido usada para entrar em aparelhos utilizados pela presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, pelo presidente de Taiwan, Tsai Ing-Wen, e pelos congressistas republicanos Michael McCaul, eleito pelo Estado do Texas, John Hoeven, do Dacota do Norte.

Também há registos de uso da Predator na Europa, designadamente na Grécia. Quando esta utilização foi conhecida, demitiram-se dois funcionários públicos com elevadas responsabilidades, um dos quais era o diretor dos serviços de informações.

Leia Também: Moscovo condena agressão contra imprensa russa após sanções dos EUA

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