Este encontro, que já tem a presença confirmada de alguns dos chefes das respetivas diplomacias, acontece um dia depois de uma rápida visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ao Cairo, para tentar relançar as negociações sobre uma trégua no conflito na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.
A reunião das diplomacias daquelas potências ocidentais ocorre também no seguimento de duas vagas de explosões de dispositivos eletrónicos no Líbano, que desde terça-feira provocaram pelo menos 26 mortos e mais de 3.200 feridos, fazendo aumentar o receio de um conflito aberto no país.
O Governo libanês e o grupo xiita libanês Hezbollah atribuíram a responsabilidade pelas explosões simultâneas de milhares de 'pagers', 'walkie-talkies' e de outros dispositivos a Israel, que não comentou as alegações.
Israel indicou hoje no entanto que o foco das suas operações militares está a deslocar-se da Faixa de Gaza para o norte do país, numa ameaça velada ao Hezbollah, com o qual tem estado envolvido numa troca de tiros diária junto da fronteira com o Líbano desde o início do conflito com o Hamas, em 07 de outubro passado.
A reunião na quinta-feira em Paris terá também como foco a Ucrânia, segundo o chefe da diplomacia italiana, Antonio Tajani.
"A reunião centrar-se-á na crise no Médio Oriente, com especial atenção ao estado das negociações em curso sobre o cessar-fogo em Gaza e à situação no Líbano", de acordo com o gabinete de Tajani, que confirmou a presença no encontro.
Antony Blinken, que também estará presente em Paris, segundo o Departamento de Estado, deverá ser ainda recebido pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.
A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, estará representada e Londres ainda não confirmou oficialmente a sua participação.
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