A detenção foi anunciada pela polícia e pelo Shin Bet (serviços secretos israelitas).
"Um cidadão israelita foi recrutado pelos serviços secretos iranianos para promover o assassinato de israelitas proeminentes. Foi introduzido clandestinamente no Irão em duas ocasiões e foi pago para realizar missões", refere o comunicado.
O documento refere ainda que o chefe do Executivo Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant e "outros altos funcionários de Israel" eram alvos do alegado operacional.
O cidadão israelita, "um homem de negócios que viveu durante muito tempo na Turquia", tinha ligações com (agentes) turcos e iranianos que o puseram em contacto telefónico com um "homem de negócios [que vive] no Irão chamado Eddie", acrescentou a polícia.
O empresário israelita, "cidadão judeu da cidade de Ashkelon", segundo a imprensa israelita, entrou clandestinamente no Irão em maio de 2024 "para se encontrar pessoalmente com Eddie".
Foi durante este encontro que o israelita "conheceu" um indivíduo identificado como "Hajjah", apresentado como um agente de segurança iraniano.
O israelita foi convidado a realizar missões de segurança para o Irão em Israel, incluindo a transferência de "dinheiro ou de uma arma", a fotografar "vários locais com muita gente" e a ameaçar cidadãos israelitas já contactados pelo Irão para que cumprissem "instruções", acrescenta o comunicado.
Foi durante uma segunda visita ao Irão, no passado mês de agosto, que lhe terá sido oferecida a possibilidade de assassinar figuras importantes em Israel como vingança pelo assassinato em Teerão, a 31 de julho, do então líder do movimento islamita Hamas, Ismail Haniyeh.
O Irão responsabilizou Israel pelo assassínio, mas as autoridades israelitas não fizeram qualquer comentário.
[Notícia atualizada às 10h44]
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