Polícia deteve israelita acusado de planear assassinato de Netanyahu

As autoridades de Israel anunciaram hoje a detenção de um cidadão israelita que, alegadamente a soldo do Irão, planeava assassinar "figuras destacadas", incluindo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. 

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© Reuters

Lusa
19/09/2024 09:20 ‧ 19/09/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

A detenção foi anunciada pela polícia e pelo Shin Bet (serviços secretos israelitas).

 

"Um cidadão israelita foi recrutado pelos serviços secretos iranianos para promover o assassinato de israelitas proeminentes. Foi introduzido clandestinamente no Irão em duas ocasiões e foi pago para realizar missões", refere o comunicado.

O documento refere ainda que o chefe do Executivo Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant e "outros altos funcionários de Israel" eram alvos do alegado operacional.

O cidadão israelita, "um homem de negócios que viveu durante muito tempo na Turquia", tinha ligações com (agentes) turcos e iranianos que o puseram em contacto telefónico com um "homem de negócios [que vive] no Irão chamado Eddie", acrescentou a polícia.

O empresário israelita, "cidadão judeu da cidade de Ashkelon", segundo a imprensa israelita, entrou clandestinamente no Irão em maio de 2024 "para se encontrar pessoalmente com Eddie".

Foi durante este encontro que o israelita "conheceu" um indivíduo identificado como "Hajjah", apresentado como um agente de segurança iraniano.

O israelita foi convidado a realizar missões de segurança para o Irão em Israel, incluindo a transferência de "dinheiro ou de uma arma", a fotografar "vários locais com muita gente" e a ameaçar cidadãos israelitas já contactados pelo Irão para que cumprissem "instruções", acrescenta o comunicado.

Foi durante uma segunda visita ao Irão, no passado mês de agosto, que lhe terá sido oferecida a possibilidade de assassinar figuras importantes em Israel como vingança pelo assassinato em Teerão, a 31 de julho, do então líder do movimento islamita Hamas, Ismail Haniyeh.

O Irão responsabilizou Israel pelo assassínio, mas as autoridades israelitas não fizeram qualquer comentário.

[Notícia atualizada às 10h44]

Leia Também: Ataques no Líbano não vieram na melhor altura, diz inteligência israelita

 

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