Governo do Líbano pede à ONU fim da "guerra tecnológica" de Israel
O primeiro-ministro libanês apelou hoje ao Conselho de Segurança da ONU para debater as explosões mortais de equipamentos de transmissão do Hezbollah no Líbano e obrigar Israel a pôr termo à "guerra tecnológica".
© Popow/ullstein bild via Getty Images
Mundo Médio Oriente
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se na sexta-feira para debater os múltiplos ataques verificados no Líbano, que são atribuídos a Israel pelas autoridades de Beirute.
Em comunicado, o chefe do Executivo Najib Mikati apelou ao Conselho de Segurança para que "venha a adotar uma posição firme, pondo termo à agressão de Israel contra o Líbano e à guerra tecnológica que está a travar".
Mais de trinta pessoas morreram terça-feira e quarta-feira na sequência de explosões de centenas de dispositivos de comunicação utilizados pelos membros da milícia Hezbollah (Partido de Deus).
As autoridades libanesas e o governo de Teerão, que apoia o Hezbollah, acusaram Israel de ser responsável pelo ataque, mas Telavive não reconheceu explicitamente a autoria dos ataques.
Hoje, a autoridade da aviação civil libanesa proibiu aos passageiros a introdução de equipamentos eletrónicos de receção de mensagens ('pagers') e transmissores rádio ('walkie-talkies') nos aviões, na sequência das explosões coordenadas de aparelhos daquele tipo nos últimos dias.
A ordem emitida hoje afeta o Aeroporto Internacional Rafik Hariri, em Beirute, e restringe a presença dos equipamentos na bagagem de mão ou nas malas que são colocadas no porão dos aviões.
Leia Também: Aeroporto de Beirute proíbe uso e posse de 'pagers' e 'walkie-talkies'
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