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Israel levanta restrições à circulação após ataques no Líbano
O exército israelita levantou hoje as restrições à circulação em cidades do norte de Israel que impôs na quinta-feira, em resposta ao recrudescimento dos confrontos com a milícia xiita Hezbollah na fronteira com o Líbano.
© Getty Images
Mundo Médio Oriente
"Após ter concluído a avaliação da situação, foi decidido levantar as restrições impostas na quinta-feira à noite", declarou o exército num comunicado citado pela agência espanhola Europa Press.
Os militares israelitas ordenaram aos residentes do norte do país que se deslocassem para abrigos durante a noite, na sequência de uma série de bombardeamentos no sul do Líbano.
Israel bombardeou quase uma centena de alvos alegadamente ligados ao Hezbollah na quinta-feira, num dos maiores ataques desde o início dos combates, há quase um ano.
O Hezbollah tem atacado posições no norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao grupo extremista palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza desde há 11 meses.
Também na quinta-feira, o Hezbollah efetuou vários ataques com mísseis e 'drones' contra Israel que mataram pelo menos dois militares e feriram uma dezena.
Foi a primeira resposta do grupo pró-iraniano a uma vaga de explosões de aparelhos de comunicação usados pelos membros do Hezbollah no Líbano, atribuídas a Israel, que mataram 37 pessoas e feriram cerca de 3.000.
O recrudescimento dos combates entre Israel e o Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão com um peso militar e político significativo no Líbano, suscitou o receio de uma expansão do conflito no Médio Oriente.
O exército israelita apresentou na semana passada aos Estados Unidos os seus "planos operacionais" para o Líbano.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou na quarta-feira que o "centro de gravidade" da guerra estava a deslocar-se "para o Norte" de Israel, junto à fronteira com o Líbano.
A Rússia, que está em guerra com a Ucrânia, advertiu hoje para o "cenário catastrófico" de uma operação israelita em grande escala no Líbano.
"Estamos convencidos de que o lançamento de uma operação militar em grande escala no Líbano terá consequências devastadoras para a segurança de todo o Médio Oriente", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.
"É necessário evitar esse cenário catastrófico", acrescentou Zakharova.
Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza após um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos.
Durante o ataque, os comandos palestinianos fizeram duas centenas de reféns que foram levados para Gaza.
A resposta israelita em Gaza provocou já mais de 41.200 mortos e uma crise humana de grandes dimensões, além da destruição de importantes infraestruturas do enclave palestiniano controlado pelo Hamas desde 2007.
Leia Também: Rússia adverte contra operação militar israelita no Líbano
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