Pelo menos 37 mulheres acusam Mohamed Al-Fayed, que morreu em agosto de 2023, de violência sexual, anunciaram os advogados das vítimas, esta sexta-feira, numa conferência de imprensa dada em Londres.
"Chegou a hora de fazer justiça", declarou a advogada norte-americana Gloria Allred, que faz parte do grupo de advogados encarregados do caso, enfantizando que "houve um quarto de século de violência sexual na Harrods" e que os ataques não se limitaram à empresa, também aconteceramm no Hotel Ritz de Paris, do qual Al-Fayed era proprietário e na sua residência, em Paris, a Villa Windsor.
Já o advogado Dean Armstrong KC defendeu que houve uma falha "abjeta" de responsabilidade corporativa por parte da Harrods, da qual Mohamed Al-Fayed era proprietário até 2010, por isso, vão entrar com uma "ação civil" contra a emblemática empresa de luxo. "E não se trata apenas de dinheiro. É muito mais do que isso", alegou.
Para o jurista, Al Fayed era "um monstro", "um monstro que foi capaz de agir graças a um sistema", por isso, é necessário levar o caso a julgamento, mesmo depois deste ter morrido.
Enquanto outro elemento do grupo de advogados, Bruce Drummond, revelou que Al-Fayed fez vítimas "por todo o mundo".
A conferência de imprensa surge horas depois da BBC ter emitido uma investigação intitulada 'Al-Fayed: um predador na Harrods', onde cerca de 20 mulheres testemunharam contra ele e cinco acusaram-no mesmo de violação, cometidas em Londres e Paris. Outras, falam em tentativas de violação e agressão sexual.
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