Em Ishikawa, uma pessoa morreu, outras duas ficaram gravemente feridas e três permaneciam desaparecidas, informou o governo da região em comunicado.
Outras quatro pessoas que trabalhavam no arranjo de uma estrada em Wajima, onde vários edifícios foram inundados e estradas bloqueadas por deslizamentos de terra, também estão desaparecidas, disse um funcionário do ministério à agência de notícias AFP.
Somam-se cerca de 44.700 moradores das cidades de Wajima, Suzu e Noto, na província de Ishikawa, que foram forçados a deixar a zona, de acordo com informações das autoridades locais.
Outros 16.700 residentes nas províncias de Niigata e Yamagata, ao norte de Ishikawa, também foram aconselhados a sair da zona, de acordo com a agência de gestão de incêndios e desastres.
Foram confirmadas inundações em cerca de dez rios da região, disse Masaru Kojima, do Ministério de Terras.
Segundo o governo de Ishikawa, muitos edifícios foram inundados e deslizamentos de terra bloquearam algumas estradas.
Cerca de 6.000 casas estão sem eletricidade.
A Agência Meteorológica do Japão colocou a província de Ishikawa em alerta máximo, alertando sobre perigos "mortais".
Satoshi Sugimoto, meteorologista da agência, relatou "chuvas torrenciais de magnitude sem precedentes", com mais de 120 milímetros de precipitação por hora registados em Wajima pela manhã.
O primeiro-ministro Fumio Kishida pediu ao governo "que faça o seu melhor (...), sendo a primeira prioridade salvar a vida das pessoas", disse o porta-voz do governo, Yoshimasa Hayashi, aos jornalistas.
Membros das Forças de Autodefesa foram enviados para a área de Ishikawa junto com equipes de resgate.
Nas imagens transmitidas pelo canal público NHK, pode ver-se uma rua de Wajima submersa.
A região ainda está a recuperar desta catástrofe que destruiu edifícios, destruiu estradas e provocou um grande incêndio.
Os níveis de precipitação no Japão atingiram níveis recordes nos últimos anos em várias partes do país, com inundações e deslizamentos de terra por vezes mortais.
Os especialistas acreditam que as alterações climáticas estão a aumentar a frequência, a intensidade e a imprevisibilidade destes fenómenos.
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