Líbano encerra escolas e interrompe operações médicas não urgentes

O Governo libanês encerrou escolas hoje e terça-feira em áreas alvo de ataques israelitas, no sul e leste do país, e apelou aos hospitais das mesmas regiões para interromperem todas as operações médicas não urgentes.

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© ANWAR AMRO/AFP via Getty Images

Lusa
23/09/2024 12:23 ‧ 23/09/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Segundo o ministro da Educação libanês, Abbas Halabi, as escolas nos arredores sul de Beirute, um reduto do movimento xiita pró-iraniano Hezbollah alvo sexta-feira passada de um ataque do exército israelita, também devem ser encerradas. 

 

A medida, frisou, aplica-se a todas as escolas públicas e privadas e deve-se aos "intensos ataques israelitas", visando garantir a segurança da população.

O Ministério da Saúde libanês pediu hoje aos hospitais no sul e no leste do Líbano que suspendam todas as operações não urgentes, a fim de acomodar os feridos pelos intensos ataques israelitas.

O ministério "pede a todos os hospitais" no sul e leste do Líbano que "suspendam todas as intervenções cirúrgicas não urgentes, a fim de libertar capacidade para tratar os feridos, devido à escalada da agressão israelita contra o Líbano", afirmou o ministério, num comunicado de imprensa.

O exército israelita disse ter alvejado hoje mais de 300 posições do Hezbollah no Líbano, onde o movimento islâmico dispara foguetes contra o território de Israel em apoio ao Hamas palestiniano em guerra contra Israel na Faixa de Gaza.

"Mais de 300 locais do Hezbollah foram atacados" durante a madrugada e manhã, afirmou o exército num comunicado. 

Como resposta, o Hezbollah anunciou ter lançado foguetes contra três alvos no norte de Israel, depois de o exército israelita ter alvejado mais de 300 locais do movimento islâmico pró-iraniano no Líbano.

"Em resposta aos ataques do inimigo israelita que visaram as regiões do sul e de Bekaa", os combatentes do Hezbollah "bombardearam duas posições militares israelitas, bem como os complexos industriais militares de Rafael", disse o Hezbollah num comunicado de imprensa.

Hoje, antes dos ataques, Israel aconselhou os libaneses a "manterem-se afastados dos alvos" do Hezbollah, no sul do Líbano, acrescentando que os ataques contra o movimento xiita iriam continuar com "maior intensidade e precisão".

"Aconselhamos os civis das aldeias libanesas situadas dentro ou perto de edifícios e áreas utilizadas pelo Hezbollah para fins militares, tais como as utilizadas para armazenar armas, a procurar abrigo imediatamente para sua própria segurança", disse o porta-voz do exército, contra-almirante Daniel Hagari, numa conferência de imprensa.

O exército israelita vai efetuar "ataques maiores e mais precisos contra alvos terroristas que foram amplamente estabelecidos no Líbano", acrescentou, após o que começaram as operações.

Leia Também: Médio Oriente. Rússia preocupada com crise entre Israel e Hezbollah

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