Arguido mais novo tinha 21 anos e violou Gisèle no dia em que foi pai

Os 50 homens acusados de violar Gisèle Pelicot já começaram a testemunhar.

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© CHRISTOPHE SIMON/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
23/09/2024 13:23 ‧ 23/09/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

França

O mais novo dos 50 homens acusados de terem violado, em França, Gisèle Pelicot, tinha apenas 21 anos e visitou a casa da vítima, pela primeira vez, no dia em que a sua filha nasceu.

 

Joan Kwai prestou declarações juntamente com outros seis arguidos - Andy Rodriguez, de 37 anos, Hugues Malago, de 39, Husamettin Dogan, de 43 anos, Mathieu Dartus, de 53, e Fabien Sotton, 39 anos.

Kwai, o primeiro dos acusados a prestar depoimento, nasceu no Guiana, mas mudou-se para a região de Vacluse, em França, quando era adolescente.

A primeira vez que foi a casa de Dominique Pelicot foi em novembro de 2019, no dia em que a filha nasceu. 

Voltou depois mais uma vez e admite ter partido para uma terceira visita, que Dominique Pelicot cancelou à última hora.

Perante os investigadores, o homem começou por afirmar que não se tinha questionado sobre o consentimento da vítima. Depois, confrontado com as fotografias, admitiu que ela estava inconsciente e que se tratava de uma violação.

Gisèle Pelicot decidiu sair do anonimato para dar a cara por todas as vítimas de violação sexual, tornando-se num rosto de coragem para todas as vítimas deste crime.

A mulher foi sujeita a dezenas de violações, sem saber. O seu marido convidou, através de chats online, vários homens para entrarem em sua casa e manterem relações sexuais com a mulher. Esta era sedada momentos antes, sem nunca se ter apercebido do que se passava.

O esquema foi descoberto depois de Dominique ter sido apanhado, por um segurança, a filmar por debaixo das saias de várias mulheres. O seu telemóvel foi apreendido e ali foram descobertos vários ficheiros onde Gisèle surgia inconsciente e vítima de abusos.

Para além de Dominique, cerca de 50 homens estão a ser julgados num caso que está a chocar o mundo.

Leia Também: Advogado de Gisèle insiste num julgamento público com exibição de vídeos

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