Exército israelita diz ter efetuado "ataque seletivo" em Beirute

O Exército israelita afirmou hoje ter realizado "um ataque seletivo" em Beirute, sem fornecer, por enquanto, mais pormenores, após múltiplos ataques durante o dia contra alvos do movimento xiita Hezbollah no Líbano.

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© ANWAR AMRO/AFP via Getty Images

Lusa
23/09/2024 18:42 ‧ 23/09/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"O Exército efetuou um ataque seletivo em Beirute", declarou em comunicado, depois de ter anunciado ter hoje atingido "cerca de 800 alvos" do Hezbollah em território libanês.

 

Uma fonte próxima do Hezbollah citada pela agência de notícias francesa AFP indicou que um 'raid' israelita na periferia sul de Beirute tinha visado um dirigente do movimento pró-iraniano.

"Um 'drone' (aeronave não-tripulada) israelita atingiu um responsável do Hezbollah", declarou a fonte, sem mais pormenores. Este foi o segundo ataque de Israel aos subúrbios do sul da capital do Líbano, um bastião do Hezbollah, desde sexta-feira, quando um bombardeamento matou o chefe da força de elite do movimento islamita libanês.

A ação militar israelita foi também confirmada pela Agência Nacional de Notícias libanesa (ANN), que não adiantou até agora mais pormenores.

Uma testemunha citada pela agência de notícias espanhola EFE a coberto do anonimato disse que o bombardeamento teve como alvo um edifício na periferia sul de Dahye, onde Israel atacou na sexta-feira passada, matando pelo menos 54 pessoas, incluindo vários comandantes do Hezbollah.

De acordo com fontes de segurança citadas pela imprensa hebraica, o alvo do ataque de hoje terá sido Ali Karaki, membro do Conselho da Jihad, um comandante do Hezbollah e alegado responsável pela atividade militar do grupo no sul do Líbano.

Em anteriores assassínios seletivos, Israel matou o 'número dois' do gabinete político do Hamas, Saleh al-Aruri, em janeiro, e o mais alto comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, em julho, ambos em ataques em Beirute.

Esta nova fase do conflito, de aumento dramático de tensões entre Israel e o Hezbollah, foi desencadeada por dois dias de explosões simultâneas dos dispositivos de comunicação do grupo, primeiro 'pagers', depois 'walkie-talkies' - a 17 e 18 de setembro -, ataques atribuídos a Israel que fizeram cerca de 40 mortos e de 3.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço divulgado pelas autoridades libanesas.

Há mais de 11 meses que as forças israelitas e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, nos piores confrontos desde a guerra de 2006, que se intensificaram fortemente este verão, após um ataque que matou 12 crianças nos Montes Golã, ocupados por Israel desde 1967.

As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas em território israelita, que fez 2.105 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, e em retaliação ao qual o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez pelo menos 41.455 mortos e 95.878 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos.

A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte.

israe

Leia Também: Hezbollah lança 'rockets' contra Israel em resposta a ataques no Líbano

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