O confronto de julho e agosto de há 18 anos causou mais de 1.200 mortos no Líbano, na sua maioria civis, e 160 mortos em Israel, na sua maioria soldados.
Segundo o mais recente balanço do ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, os bombardeamentos israelitas fizeram hoje 274 mortos, incluindo 21 crianças, e desalojaram milhares de famílias. Entre os mortos contam-se também duas equipas de salvamento e 16 profissionais de saúde ficaram feridos.
Os ataques deixaram ainda mais de 1.000 feridos, que foram tratados em 27 hospitais, disse também o ministro.
Confrontos e incursão
Três libaneses e um oficial israelita foram mortos a 03 de agosto de 2010 durante confrontos na zona da aldeia fronteiriça de Aadaissé.
Quatro soldados israelitas foram feridos a 07 de agosto de 2013 por explosões reivindicadas pelo Hezbollah durante uma incursão de 400 metros no Líbano.
Ataques aéreos israelitas
A 07 de outubro de 2014, a artilharia israelita bombardeou duas posições do Hezbollah no sul do Líbano, em represália por um ataque reivindicado pelo grupo libanês que feriu ligeiramente dois soldados israelitas nas Quintas de Shebaa (território ocupado por Israel nas fronteiras de Israel, Síria e Líbano).
A 28 de janeiro de 2015, dois soldados israelitas foram mortos numa emboscada do Hezbollah na mesma zona, em resposta a um ataque mortífero atribuído a Israel a 18 de janeiro na parte síria dos Montes Golã.
Em retaliação, o exército israelita bombardeou várias aldeias libanesas.
Ataques com 'drones' e mísseis
A 25 de agosto de 2019, dois 'drones' carregados de explosivos atingiram os subúrbios do sul de Beirute, causando danos materiais, segundo o Hezbollah, que acusou Israel.
No dia anterior, um ataque israelita na Síria matou dois membros do movimento.
A 01 de setembro, o exército israelita e o Hezbollah trocaram tiros de mísseis na fronteira.
Novo surto de barragem de artilharia em 2021
Em agosto de 2021, Israel retalia com ataques aéreos e fogo de artilharia contra foguetes disparados a partir do Líbano.
Desde 07 de outubro de 2023
Desde o ataque sem precedentes do movimento islamista palestiniano aliado Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, têm ocorrido trocas de tiros transfronteiriças quase diariamente entre o exército israelita e o Hezbollah.
A 02 de janeiro de 2024, o 'número dois' do Hamas, Saleh al-Arouri, foi morto perto de Beirute, num ataque atribuído a Israel.
Morte de dirigentes do Hezbollah e da Fatah
A 27 de julho, um ataque com foguete matou 12 jovens em Majdal Shams, uma cidade drusa nos Montes Golã sírios, em grande parte anexados por Israel. O Hezbollah negou a responsabilidade.
A 21 de agosto, um ataque israelita no sul do Líbano matou Khalil al-Maqdah, um dirigente do braço armado do movimento palestiniano Fatah.
De agosto, um ataque de retaliação israelita matou um alto responsável militar do Hezbollah, Fouad Chokr, perto de Beirute.
Ataque em grande escala do Hezbollah
No início de setembro, o Hezbollah anunciou ter efetuado "com êxito" um ataque em grande escala com 'drones' e mísseis contra Israel, em resposta à morte de Fouad Chokr.
Israel, por seu lado, afirma ter destruído "milhares de lança mísseis", impedindo este ataque em grande escala.
Explosões mortíferas e novos ataques
Nos dias 17 e 18 de setembro, uma vaga de explosões de 'pagers' e de 'walkie-talkies' utilizados pelo Hezbollah nos seus redutos no Líbano, atribuída a Israel, fez 39 mortos e 2.931 feridos, segundo as autoridades libanesas.
Nos dias seguintes, houve uma série de trocas de tiros, tendo um ataque israelita perto de Beirute, no dia 20, matado o chefe da unidade de elite do Hezbollah, Ibrahim Aqil.
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