"Continuaremos a atacar o Hezbollah. E digo ao povo do Líbano: a nossa guerra não é contra vocês, é contra o Hezbollah (...). Eu disse-lhes ontem [segunda-feira] para evacuarem as casas onde um míssil foi colocado no quarto e um 'rocket' na garagem", disse o chefe do Governo israelita, num vídeo publicado na rede social X.
"Qualquer pessoa que tenha um míssil na sala e um 'rocket' na garagem ficará sem casa", advertiu na mensagem, gravada após visitar uma base dos serviços de informações militares.
A declaração de Netanyahu surge no segundo dia de uma intensa campanha de bombardeamentos israelitas no sul e leste do Líbano contra o que Israel diz serem munições e armas que o grupo xiita, aliado do Irão, esconde em zonas civis para atacar.
נמשיך להכות בחיזבאללה.
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) September 24, 2024
מי שיש לו טיל בסלון - לא יהיה לו בית. pic.twitter.com/Ep2UfpkkXe
Pelo menos 558 pessoas foram mortas (incluindo 50 crianças e 94 mulheres) e 1.800 feridas nos ataques, de acordo com a última contagem das autoridades libanesas.
Israel também bombardeou o sul de Beirute, capital libanesa, em duas ocasiões nos últimos dois dias.
O mais recente atentado ocorrido hoje teve como alvo um comandante do Hezbollah, Ibrahim Muhammad Kabisi, que as forças israelitas identificaram como responsável pela unidade de mísseis do grupo libanês. Israel afirma que Kabisi morreu no ataque.
Telavive está envolvido numa intensa troca de tiros com o Hezbollah há 11 meses, quando o grupo xiita começou a atacar o norte de Israel em solidariedade com as milícias palestinianas na Faixa de Gaza, sob ofensiva israelita desde o ataque do grupo islamita Hamas em Israel, no dia 07 de outubro.
Os ataques na fronteira israelo-libanesa custaram a vida a mais de 700 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 455 vítimas, algumas na Síria.
Em Israel, 52 pessoas morreram no norte: 26 soldados e 26 civis, incluindo 12 menores e adolescentes num ataque nos Montes Golã, ocupados à Síria desde 1967 pelas autoridades israelitas.
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