Depois do anúncio do encerramento das escolas na segunda-feira e hoje, o ministro libanês da Educação, Abbas Halabi, divulgou que outras instituições de ensino, como jardins-de-infância, universidades e escolas privadas deixam de funcionar enquanto o governo analisa a verdadeira dimensão dos últimos "bombardeamentos seletivos" do exército israelita.
Mais de uma centena de instituições públicas estão a ser utilizadas como abrigos no Líbano, onde pelo menos 16.500 pessoas foram deslocadas devido aos bombardeamentos, segundo o governo libanês.
O primeiro-ministro em exercício, Nayib Mikati, deslocou-se hoje a Nova Iorque para participar na sessão da Assembleia Geral da ONU, apesar da crescente tensão na região do Médio Oriente.
Na segunda-feira, o Ministério da Saúde libanês pediu aos hospitais no sul e no leste do Líbano que suspendessem todas as operações não urgentes, a fim de acomodar os feridos pelos intensos ataques israelitas.
Pelo menos 558 pessoas foram mortas (incluindo 50 crianças e 94 mulheres) e 1.800 feridas nos ataques, de acordo com a última contagem das autoridades libanesas.
As hostilidades na região intensificaram-se depois de os islamitas palestinianos do Hamas terem lançado um ataque sem precedentes em território israelita a 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza que matou mais de 41.400 pessoas, a que se somam mais de 700 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Os atentados de 07 de outubro, apelidados de "Dilúvio de Al Aqsa" pelo Hamas e seus aliados, levaram também à abertura da linha da frente na fronteira entre Israel e o Líbano, onde os combates se prolongam há mais de onze meses.
Os rebeldes Huthis do Iémen e as milícias pró-iranianas no Iraque lançaram mísseis e drones contra Israel - que levou a cabo bombardeamentos em território libanês, sírio e iemenita - em resposta à sua ofensiva contra Gaza.
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