A vala comum situa-se perto de Tal al-Shaikhia, na província de Mouthanna, onde equipas especializadas começaram a exumar os restos mortais em meados de dezembro.
"Assim que a primeira camada de terra foi removida e os restos mortais ficaram claramente visíveis, descobrimos que pertenciam a mulheres e crianças vestidas com roupas curdas", disse Diaa Karim, chefe da autoridade iraquiana.
As vítimas eram provavelmente de Kalar, na província de Souleimaniyeh, na região autónoma do Curdistão iraquiano (norte), estimou Karim, estimando o seu número em "pelo menos 100".
Muitas das vítimas "foram executadas por balas" disparadas "à queima-roupa contra a cabeça", disse Karim, acrescentando que as operações para exumar todos os corpos ainda estão em curso.
Uma outra vala comum foi descoberta nas proximidades, disse Dourgham Kamel, que faz parte da autoridade responsável pela exumação de valas comuns, perto da famosa prisão de Nougrat Salman, onde morreram muitos curdos e opositores políticos de Saddam Hussein.
O Presidente Saddam Hussein, derrubado em 2003 na sequência da invasão do Iraque liderada pelos EUA, foi condenado a morte por enforcamento, pelo Tribunal Especial Iraquiano, pelo massacre de 148 rebeldes xiitas, em Dujail em 1982, antes de poder ser julgado sob a acusação de genocídio pela morte de cerca de 180.000 curdos numa violenta campanha, conhecida como Anfal, levada a cabo pelo seu regime em 1987 e 1988.
Leia Também: HRW pede preservação de provas dos crimes de regime de Al-Assad