O chefe do Estado-Maior de Israel, Herzi Halevi, disse, esta quarta-feira, que os militares do país estão a preparar-se para uma possível operação terrestre no Líbano, à medida que o Hezbollah lança dezenas de projéteis contra Israel, incluindo um míssil direcionado a Telavive - que simboliza o ataque mais profundo do grupo extremista até agora, segundo a agência de notícias Associated Press.
Halevi explicou que os mais recentes ataques aéreos israelitas foram projetados para "preparar o terreno para a possível entrada [no Líbano] e continuar a degradar o Hezbollah", e vaticinou: "O objetivo é muito claro: trazer de volta os habitantes do Norte com total segurança. Para isso, estamos a preparar o rumo da manobra (...), a vossa entrada em força, o confronto com os homens do Hezbollah que verão o que são lutadores profissionais, muito competentes e experientes".
O Exército israelita informou hoje que estava a realizar ataques de "grande escala" no sul do Líbano e no Vale do Bekaa, no leste, bastiões do movimento xiita Hezbollah.
Os ataques ocorreram algumas horas depois de o exército israelita ter anunciado a interceção de um míssil disparado contra Telavive pelo movimento islamita libanês Hezbollah.
O exército israelita afirmou ter atingido mais de 280 alvos do Hezbollah, incluindo 60 alvos dos serviços de informação do grupo xiita libanês, bem como vários lançadores de 'rockets'.
Israel e o Hezbollah têm trocado tiros na fronteira israelo-libanesa desde a ofensiva israelita em Gaza que se seguiu ao ataque do grupo palestiniano Hamas de 07 de outubro de 2023.
As forças israelitas aumentaram nos últimos dias a intensidade dos ataques no Líbano, fazendo recear o alastramento do conflito.
Um ataque na segunda-feira matou mais de 500 pessoas no Líbano, o número mais elevado de vítimas mortais desde a última guerra entre o Hezbollah e Israel em 2006.
[Notícia atualizada às 18h32]
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