Líbano? "Parem com a matança e a destruição", pede Guterres

O secretário-geral das Nações Unidas pediu também que se evite "a todo custo" uma guerra total no Médio Oriente.

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© Michael M. Santiago/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
25/09/2024 23:58 ‧ 25/09/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Médio Oriente

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, deixou um apelo a "todos os lados" do conflito entre Israel e o Hezbollah, "numa só voz": "Parem com a matança e a destruição, parem com a retórica e as ameaças e recuem do abismo".

 

Num discurso numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre a escalada de tensões no Líbano, após vários dias de ataques israelitas no terreno libanês, Guterres apelou a que se "trabalhe em conjunto para ajudar a apagar este incêndio".

"As partes devem retornar imediatamente a uma cessação de hostilidades. Civis devem ser protegidos. A infraestrutura civil não deve ser alvo. A segurança de todos os ativos da ONU deve ser garantida. O direito internacional deve ser respeitado", disse Guterres, pedindo que se evite uma guerra total na região "a todo o custo".

Israel afirmou, nesta quarta-feira, à noite ter atingido "mais de 2.000 alvos terroristas" do movimento xiita Hezbollah no Líbano nos últimos três dias, após a forte intensificação do fogo cruzado transfronteiriço entre o grupo islamita libanês e o exército israelita.

Israel afirma que a sua ofensiva contra o Hezbollah no Líbano tem como objetivo permitir o regresso a casa de dezenas de milhares de habitantes deslocados da zona norte do país, junto à fronteira libanesa, por causa dos 'rockets' disparado pela milícia xiita.

Segundo a ONU, por causa do fogo israelita, mais de 90.000 libaneses viram-se obrigados a abandonar as suas casas, e, hoje, famílias inteiras continuaram a chegar à fronteira com a Síria.

Esta nova fase do conflito, de aumento dramático de tensões entre Israel e o Hezbollah foi desencadeada por dois dias de explosões simultâneas dos dispositivos de comunicação do grupo, primeiro 'pagers', depois 'walkie-talkies' - a 17 e 18 de setembro -, ataques atribuídos a Israel que fizeram cerca de 40 mortos e de 3.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço divulgado pelas autoridades libanesas.

Há mais de 11 meses que as forças israelitas e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, nos piores confrontos desde a guerra de 2006, que se intensificaram fortemente este verão, após um ataque que matou 12 crianças nos Montes Golã, ocupados por Israel desde 1967.

Leia Também: "Mais de 2.000 alvos terroristas" atingidos no Líbano em três dias

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