Em "defesa do Líbano e do seu povo" e "em resposta" aos "bárbaros ataques israelitas a cidades, aldeias e civis", os combatentes do Hezbollah atacaram "a cidade de Safed com 80 'rockets'", afirmou o grupo pró-iraniano num comunicado.
Numa série de outros comunicados, o Hezbollah reivindicou hoje também o lançamento de rajadas de projéteis e de 'drones' contra várias povoações e alvos militares no norte de Israel, ações que foram acompanhadas por intensos bombardeamentos do Estado hebreu de diversas localidades do sul e do leste do Líbano.
O movimento armado libanês especificou ter disparado "rajadas de mísseis" contra a povoação de Kiryat Motzkin e contra um complexo industrial da empresa de armamento israelita Rafael, ambos alvos situados no norte da cidade costeira de Haifa.
Reivindicou também o lançamento de uma carga de 'rockets' de fabrico iraniano Falaq-2 sobre a povoação de Kiryat Shmona, situada junto à fronteira com o Líbano e que tem sido um alvo frequente em quase um ano de fogo cruzado, e o ataque com 50 projéteis ao colonato de Ahihud, a leste de Acre.
O movimento armado afirmou ainda ter atingido a base militar de Dado e o quartel-general de reserva da Divisão da Galileia com vários projéteis, e ainda ter lançado um "esquadrão de 'drones' de assalto" contra a base de Shimshon, que, segundo o grupo, alberga "um centro de preparação e montagem de equipamento regional".
Por seu lado, Israel prosseguiu hoje a sua campanha de bombardeamentos em massa iniciada na segunda-feira contra múltiplas localidades do sul e leste do Líbano, mas também contra o bairro do sul de Beirute conhecido como Dahye, um dos principais bastiões do Hezbollah no país.
A ofensiva israelita causou, desde segunda-feira, mais de 600 mortos, um número de vítimas sem precedentes num tão curto período de tempo desde a guerra civil libanesa (1975-1990), e obrigou dezenas de milhares de pessoas a abandonar as suas casas nas áreas afetadas.
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