"Vemos que o grau de envolvimento dos Estados ocidentais tende a aumentar constantemente. Eles não travam. Pelo contrário, declaram a sua intenção de avançar para garantir a vitória da Ucrânia", disse Peskov, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
Peskov disse que os próprios ucranianos "refletem pensamentos utópicos sobre a necessidade de impor a paz à Rússia".
"Estas discussões mal orientadas podem ter consequências muito negativas para o regime de Kyiv", avisou.
Questionado sobre as condições em que a Rússia poderá usar a versão modificada da sua doutrina nuclear, o porta-voz do Kremlin disse que essa era uma prerrogativa dos militares.
"Eles [os militares] controlam cuidadosamente as armas que são utilizadas e como são utilizadas. São eles que registam o envolvimento direto dos países do Ocidente coletivo no conflito em torno da Ucrânia e não vão diminuir a sua atenção", afirmou.
De acordo com a nova doutrina nuclear russa, apresentada esta semana pelo Presidente Vladimir Putin, a Rússia pode responder com armas nucleares se sofrer um ataque em grande escala com armas convencionais, incluindo 'drones' e mísseis.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, desencadeando uma guerra sem fim à vista que provocou um número de vítimas por determinar e a destruição de muitas infraestruturas do país vizinho.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
Os aliados ocidentais da Ucrânia, incluindo Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e NATO, têm fornecido armamento a Kyiv para lutar contra o exército russo.
Também têm dado apoio financeiro a Kyiv e imposto sanções a Moscovo para tentar diminuir a capacidade russa de custear a guerra contra a Ucrânia.
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