Um cidadão norte-americano declarou-se culpado, esta segunda-feira, num tribunal de Moscovo de acusações de atividade mercenária e admitiu que recebeu dinheiro para lutar pela Ucrânia.
De acordo com a agência de notícias estatal russa RIA, o homem foi identificado como Stephen James Hubbard, de 72 anos, que disse em tribunal "concordar" com a acusação.
Na semana passada, o homem foi colocado em prisão preventiva por um período de seis meses e, caso venha a ser condenado, pode enfrentar uma pena entre sete a 15 anos.
Hubbard terá assinado um contrato com uma unidade de defesa territorial ucraniana na cidade central de Izyum no início da guerra, em fevereiro de 2022, explicou a RIA. Segundo a acusação, foi-lhe prometido 1.000 dólares (cerca de 894 euros) por mês e foi-lhe fornecido treino, armas e munições, mas acabou por ser detido por soldados russos cerca de dois meses depois, a 2 de abril de 2022.
À Reuters, Patricia Fox, irmã de Hubbard, explicou que o homem, natural do Michigan, trabalhou como professor de inglês no estrangeiro durante décadas, incluindo no Japão e Chipre.
No entanto, negou que o irmão fosse um mercenário e garantiu que não tinha qualquer interesse em lutar em guerras. "Ele nunca teve uma arma, nunca possuiu uma arma, nunca fez nada disso... Ele é mais um pacifista", explicou.
Segundo contou, Hubbard mudou-se para a Ucrânia em 2014 e chegou a viver com uma mulher, sobrevivendo de uma pequena pensão. Em setembro de 2021, contou à irmã que se tinha separado e estava a viver sozinho.
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