Outras 29 pessoas foram salvas e as causas do naufrágio, que aconteceu durante a madrugada, ainda são desconhecidas.
As 12 vítimas, "originárias de várias regiões da Tunísia", são "cinco homens, quatro mulheres e três bebés", especificou o porta-voz do tribunal de Medenine, Fethi Baccouche, que não forneceu o número inicial de passageiros e nem informações sobre possíveis pessoas desaparecidas.
Unidades da guarda costeira deslocaram-se para "prestar assistência a um barco que naufragava e que transportava um grupo de pessoas, tunisinas e estrangeiros (termo utilizado para designar os africanos subsaarianos)", disse a Guarda Nacional tunisina, num comunicado de imprensa.
A Guarda Costeira foi "alertada por quatro passageiros que nadaram" até à costa, segundo a Guarda Nacional.
Juntamente com a Líbia, a Tunísia, cuja costa se situa em alguns locais a menos de 150 quilómetros da ilha italiana da Sicília, é o principal ponto de partida no morte de África para os migrantes que procuram atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa.
Todos os anos, dezenas de milhares de migrantes da África subsariana, que fogem da pobreza e dos conflitos nos seus países, especialmente no Sudão e no Iémen, tentam a perigosa travessia do Mediterrâneo a partir da costa tunisina.
Milhares de tunisinos procuram também abandonar o seu país clandestinamente, devido à deterioração da situação económica e fortes tensões políticas desde o golpe do Presidente Kais Saied, no verão de 2021.
Mais de 1.300 migrantes morreram ou desapareceram em 2023 em naufrágios na costa tunisina, segundo o Fórum Tunisino para os Direitos Económicos e Sociais (FTDES).
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), na última década, morreram mais de 30 mil migrantes no Mediterrâneo, incluindo mais de três mil no ano passado.
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