Bruxelas diz que Geórgia "perdeu o rumo" e "afastou-se" da União Europeia

A Comissão Europeia (CE) alertou hoje que a Geórgia, país candidato à adesão à União Europeia (UE), "perdeu o rumo" e "afastou-se" da comunidade, devido a medidas como a lei da influência estrangeira.

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Lusa
30/09/2024 23:39 ‧ 30/09/2024 por Lusa

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Comissão Europeia

"É evidente que, com a lei dos agentes estrangeiros e outras séries de acontecimentos, a Geórgia perdeu o rumo e afastou-se da União Europeia", destacou o diretor-geral da DG Near (Direção-Geral da Política de Vizinhança e Negociações de Alargamento), Gert Jan Koopman, perante a comissão de Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu.

 

A chamada "lei russa" ou "lei dos agentes estrangeiros" pretende, segundo os seus detratores, restringir a liberdade de imprensa e silenciar os opositores.

A 28 de maio de 2024, apesar de semanas de protestos em massa, o partido no poder, o Sonho Georgiano, aprovou a lei que exige que as organizações não-governamentais e os meios de comunicação social que recebam mais de 20% do seu financiamento de fontes estrangeiras se registem como organizações que "perseguem os interesses de uma potência estrangeira".

O diretor-geral do executivo comunitário especificou, no entanto, que a população da Geórgia "não se distanciou" da UE.

"A questão que estamos a abordar são as políticas do Governo, que vão contra os valores da UE", frisou, lembrando que na cimeira de líderes dos Vinte e Sete realizada no final de junho, os responsáveis já tinham indicado que o processo de adesão da Geórgia estava "de facto" paralisado.

"É muito claro que um fator crítico terá de ser a retirada da lei aos agentes estrangeiros que vai contra os valores da UE.

Gert Jan Koopman destacou, por outro lado, que a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos no Médio Oriente (UNRWA) "está no bom caminho" para reunir as condições que permitam um novo desembolso da Comissão Europeia, esperando que o próximo pagamento ocorra "em breve".

No caso dos países dos Balcãs Ocidentais candidatos à adesão à UE, o responsável destacou que se prevê "nos próximos meses" encerrar tantos capítulos de que são compostas as negociações de adesão "como os que terminaram na última década".

Acrescentou que espera que o Montenegro adira à zona única de pagamentos em euros em 01 de Janeiro e que a Albânia e a Macedónia do Norte o façam provavelmente pouco depois.

Leia Também: PS pressiona Bruxelas sobre homicídios cometidos por forças moçambicanas

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