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Madrid pede a espanhóis para abandonarem o Líbano

O Governo de Espanha pediu hoje aos espanhóis que estão no Líbano para abandonarem o país e disse que o Médio Oriente está "à beira de uma guerra aberta".

Madrid pede a espanhóis para abandonarem o Líbano
Notícias ao Minuto

01/10/24 13:03 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

"Instamos os espanhóis a abandonarem o país enquanto há voos comerciais, sobretudo aqueles que estão em trânsito no Líbano, por motivos de trabalho ou por turismo", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Jose Manuel Albares, numa conferência de imprensa em Madrid após a reunião semanal do Conselho de Ministros de Espanha.

 

Albares afirmou que há ainda voos comerciais para sair do Líbano, com o aeroporto de Beirute a continuar operacional, e afirmou que os espanhóis podem também deixar o país por via marítima, aproveitando as ligações à Turquia, Grécia e Chipre.

O MNE assegurou que Espanha tem também já preparado um plano de retirada de civis do Líbano para ser acionado quando for necessário.

Os serviços consulares espanhóis têm registo de mais de mil civis espanhóis no Líbano neste momento.

Espanha tem também no Líbano 669 militares da força das Nações Unidas no país (UNIFIL, na sigla em inglês) que é liderada por um general espanhol.

"A invasão terrestre [por parte de Israel] no Líbano tem de parar" e "a espiral de violência tem de cessar" no Médio Oriente, disse o MNE de Espanha, que sublinhou que os focos de conflito estão a multiplicar-se e a estender-se também a países como o Iémen ou o Iraque, estando "a levar a região à beira de uma guerra aberta".

Albares garantiu que Espanha continuará a desenvolver esforços no âmbito da comunidade internacional com o objetivo de ser alcançado um cessar-fogo e haver uma conferência internacional de paz para o Médio Oriente que garanta a concretização da designada solução dos dois Estados (Palestina e Israel), que considerou ser a única forma de dar paz duradoura à região.

"Não podemos resignar-nos, e Espanha não o vai fazer, a que a guerra seja a forma normal e habitual de relacionamento entre povos do Médio Oriente", disse Albares.

As Forças Armadas de Israel confirmaram que iniciaram durante a última noite ataques terrestres "limitados, localizados e direcionados" contra "alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano".

Nas últimas semanas, Israel intensificou os ataques aéreos contra posições do movimento xiita Hezbollah no Líbano.

O Hezbollah começou a disparar 'rockets', mísseis e 'drones' (aeronaves não-tripuladas) sobre o norte de Israel um dia depois de o ataque de 07 de outubro de 2023 do grupo islamita palestiniano Hamas em território israelita ter desencadeado uma guerra na Faixa de Gaza.

Israel respondeu com vagas de ataques aéreos, e o conflito tem vindo a intensificar-se até à beira de uma guerra total, fazendo temer um alastramento a toda a região do Médio Oriente.

O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão e contra Israel de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes huthis do Iémen.

Leia Também: Israel avança contra o Líbano. Mas porquê? O que aconteceu? Explicamos

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