As forças israelitas revelaram, em comunicado, que "os sistemas identificaram aproximadamente 180 mísseis disparados do Irão contra território israelita", noticiou também a agência France-Presse (AFP), que confirmou este número junto de fonte de segurança israelita.
As FDI garantiram que "a maioria dos mísseis" foram intercetados, embora tenham identificado vários impactos e continuem a avaliar os danos.
O porta-voz das FDI, Daniel Hagari, numa aparição antes do final do ataque, cerca de uma hora após o seu início, garantiu que estes impactos ocorreram no centro e sul de Israel.
Daniel Hagari, garantiu também que o ataque do Irão "terá consequências".
"Estamos em alerta máximo defensiva e ofensivamente, vamos proteger os cidadãos de Israel. Este disparo [de mísseis] terá consequências. Temos planos e vamos agir na hora e no local que escolhermos", frisou o contra-almirante.
Um habitante de Gaza que se encontrava na cidade de Jericó, na Cisjordânia, no sul da Cisjordânia, morreu na sequência do ataque iraniano, segundo uma fonte da Defesa citada pelo jornal Haaretz.
Os serviços de emergência israelitas confirmaram ter tratado duas pessoas com ferimentos ligeiros em Telavive, causados por estilhaços libertados de interceções, e mais de vinte pessoas em "choque emocional".
Pelo menos duas pessoas ficaram feridas sem gravidade pela queda de fragmentos de projéteis iranianos disparados contra Israel e que passaram pelo espaço aéreo jordano, informou o Ministério do Interior da Jordânia.t
O Irão lançou hoje um ataque em massa contra Israel, em resposta à morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num ataque a Beirute, na sexta-feira, e do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, num ataque em Teerão, no final de julho.
A Guarda Revolucionária do Irão confirmou que executou o ataque, pouco depois das FDI terem informado que tinham sido disparados mísseis do Irão, pouco depois das 19:30 locais (menos duas horas em Lisboa), e ordenado à população para procurar abrigo.
"Com o disparo de dezenas de mísseis balísticos, os alvos no coração dos territórios ocupados foram atingidos", destacou, em comunicado, a Guarda Revolucionária do Irão.
Por volta das 20:20 (18:20 em Lisboa), o Exército já alertava os israelitas, através de mensagens eletrónicas, que já não havia riscos de ataques e que poderiam deixar os 'bunkers' e outros espaços seguros. Pouco depois, Israel reabriu o seu espaço aéreo.
É o primeiro ataque do Irão contra Israel desde 13 de abril, quando enviou mais de 200 'drones' e mísseis contra o território israelita, a maioria destes interceptados fora das suas fronteiras com a ajuda dos Estados Unidos, França e Jordânia, entre outros aliados, que já tinham sido alertados.
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